segunda-feira, 22 de abril de 2013

O mistério do Bairro que ficou encalhado na TVI

Há mais de quatro meses que esperamos pela série O Bairro da Estrela Polar, que deveria ter estreado na TVI no princípio do ano, a partir de um romance de Moita Flores. A explicação inicial era de que se tinham perdido misteriosamente alguns dos episódios. Mas ultimamente comecei a pensar se não estaremos acaso perante um caso de censura. Será que alguém, na administração da TVI, decidiu à última hora suspender a transmissão de tal série, por não ter concordado com parte do enredo?.Trata-se, recordo, de uma estória sobre a raiva de Diana contra os homens que destruíram o seu pai, tendo ela a obsessão de acabar com eles. Será que nunca iremos ver O Bairro, a partir de um livro que Francisco Moita Flores dedicou a Soeiro Pereira Gomes, a Jorge Amado e aos bandos de putos marginais que em Lisboa em vão procuram a Esperança?

sábado, 13 de abril de 2013

Fernanda Câncio desanca Aníbal Cavaco Silva

por FERNANDA CÂNCIO Neste prós e contras Tribunal Constitucional que há uma semana decorre, alguém está, como é seu timbre, a tentar passar entre os pingos da chuva. Nem mais nem menos que o autor do primeiro pedido de fiscalização chegado ao Palácio Ratton: Cavaco. O PR, recordem-se os amnésicos, arguiu a nulidade de três normas do OE 2013, duas das quais - o corte de um subsídio a funcionários públicos e pensionistas - foram "chumbadas" pelo tribunal. Perdeu Cavaco no que respeita à contribuição especial de solidariedade, a qual pesa, de acordo com as contas apresentadas por Gaspar, quase 500 milhões no OE. Se o TC tivesse atendido os três pedidos do PR, o Governo seria obrigado a devolver mais de 1600 milhões. Ora, apesar de a decisão do tribunal orçar em menos, mesmo assim este foi acusado por Passos de, nem mais nem menos, "tornar problemática a consolidação orçamental para os próximos anos", "impedir o término da sétima revisão da troika", ocasionar a hipótese de "um segundo resgate" e até "pôr em risco a manutenção no euro". É pena que no ano passado, quando apesar de o TC ter permitido cortes nos salários da função pública que ultrapassaram 20% (5% da massa salarial que transitava de 2011 mais o corte de dois subsídios em 2012, correspondendo a cerca de 15%), o Governo derrapou 1,9 pontos percentuais em relação ao défice acordado, Passos não se tivesse autoinvetivado por pôr o País à beira da ruína, "desperdiçando os sacrifícios dos portugueses". Ou que não tenha a coragem de, ao acusar o TC, recordar que este não se pronuncia por iniciativa própria, mas apenas quando lhe pedem - e que quem, como é o caso de Cavaco, vê os seus pedidos maioritariamente atendidos (dois em três) só pode ter nesse resultado uma vitória. Sim: este acórdão traz, implicitamente, a assinatura de Cavaco. O "prejuízo" para o País que Passos lhe imputa é, pois, atribuível ao PR. O mesmo a quem Passos foi, de braço dado com Gaspar, pedir aval na sequência da leitura do acórdão e que, em comunicado, afirmou a sua "confiança" no Executivo, sem uma palavra sobre a decisão do TC - desculpando-se com "o princípio da separação de poderes". Curioso que em 2012, malgrado esse princípio e não ter pedido fiscalização do OE, Cavaco tenha comentado a decisão do TC frisando que vinha ao encontro do que ele próprio havia já defendido. Agora não abre a boca, nem mesmo quando se vê, com o tribunal, acusado de colocar Portugal à beira da ruína. Anteontem, no entanto, esteve na TVI24 Ferreira Leite, comummente considerada seu arauto, a chamar de tresloucado para baixo ao Executivo, garantindo que este "está a destruir o País". Lástima que ninguém lhe tenha perguntado como vê a atuação do PR. Porque, afinal, parece que só há duas narrativas possíveis: ou Cavaco está, como aliado e garante do Governo, a reduzir o País a cinzas, ou, como cúmplice do TC, a levá-lo à ruína. Só ele para conseguir conciliar ambas. No Diário de Notícias

terça-feira, 9 de abril de 2013

Mais de sete anos de uma enorme pobreza

Números divulgados pelo PÚBLICO em 15 de Janeiro de 2006 davam razão a uma coisa que eu já antes dissera: existe uma tremenda desigualdade entre alguns portugueses ricos e muitos portugueses pobres. Algumas famílias têm mais de sete vezes o rendimento de outras, o que é escandaloso. Enquanto uns auferem mais de 4.500 euros ao fim do mês, outros nem sequer chegam aos 500, o que é verdadeiramente aflitivo. Ministros, secretários de estado, deputados e empresários vão a safaris, fazem férias na neve, conhecem Nova Iorque e o Brasil. Varredores de rua e condutores da Carris nunca passaram além dos Pirinéus e têm de se contentar com uma ida ao Jardim Zoológico ou à Costa da Caparica. Juízes, advogados, arquitectos assistem aos musicais em Londres e fazem cruzeiros no Mediterrâneo. A mulher da limpeza vai uns dias à terra, no Alentejo ou nas Beiras. Páginas e páginas de jornais com notícias de espectáculos. Para quem? Não será certamente para mais de meio milhão de desempregados ou para os dois milhões de portugueses que nem sequer chegam a receber 500 euros ao fim do mês. Enquanto esta situação não se resolver, o país não se pode dar por satisfeito, nem está de forma alguma a caminho do socialismo, como pretendiam alguns líricos do 25 de Abril. As grandes fortunas têm de ser taxadas a mais de 43%, para que o ordenado mínimo nacional vá acima dos 530 euros e para que se criem mais postos de trabalho com salários de 580, 600, 790 euros, de modo a que não se passe fome. Cavaco Silva, Pedro Passos Coelho e outros políticos têm de se preocupar com estes problemas, sob pena de merecerem o descrédito da maioria da Nação e ninguém mais os poder ver à frente. Jorge Heitor 16 de Março de 2013

Dicionário de terceirense

Culler -> Caixa Térmica Amódes -> pronto, ou "parece que.." Hewome -> "hewome" utiliza-se em qualquer altura Friza -> Congelador Certâ -> Frigideira Alvarozes -> Jardineiras Macaquinhos -> Desenhos Animados Gama -> Pastilha Elástica Mapa -> Esfregona Pana -> Alguidar Pexinxinha -> Pequenina Suera -> Sweater Vómes -> vamos Slipas -> Chinelos Bezerrar -> Seca Adiante -> Passar á frente Vela, Cadela -> Bebedeira Aguindar -> Atirar Clauseta -> Dispensa Tal Disparate -> Muito fixe ou Nada fixe Home boa naute -> homem não me xateies Simbora -> Se + Embora Pariba -> Para + Cima Vaião -> Vão Boca da Canada -> Início da rua