sexta-feira, 24 de março de 2017

Bafatá: Alcatrão e electricidade

Bissau, 24 Mar 2017 (ANG) -  O governo vai dentro de pouco tempo alcatroar e colocar postos de iluminação pública na cidade de Bafatá, anunciou quinta-feira o primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo.

O chefe do executivo, que falava à população da segunda cidade do país, no âmbito da segunda fase da Presidência Aberta que levou o Presidente da República, acompanhado de alguns membros do governo e corpo diplomático, a Bafatá para auscultar os problemas da populacao local, frisou que o projecto será executado "hoje e não amanhã.

Para o primeiro-ministro, o desenvolvimento das regiões constitui uma das principais prioridades da equipa que dirige, tanto assim que anunciou para o próximo dia 26, a cerimónia do lançamento da pedra para o alcatroamento da estrada que liga a cidade de Buba, na região de Quinara, a Catio, em Tombali.

Considerou a implementação deste projecto como "um acto inédito" e só possível "devido a visão e empenho do Presidente JOMAV", pois o mesmo vinha sendo adiado pelos sucessivos governos desde a independência a esta data.

"Ordenei ao ministro das obras públicas para proceder a execução desta obra, sob pena de ser detido pelo seu colega do Interior", explicou o Primeiro-ministro em tom de brincadeira, acrescentando que "quando o guineense quer, pode fazer de facto".

Por outro lado, Sissoco Embalo realçou os esforços do seu governo na colecta e "bom encaminhamento" das receitas públicas, o que permitiu com que os salários sejam agora pagos a 20 de cada mês e não no dia "25" como o agora Presidente da República mas na altura Ministro das Finanças costumava fazer.

Num outro teor, anunciou a criação de uma universidade na cidade de Bafatá, tendo advertido ao ministro da Educação, Sandji Faty a diligenciar-se neste sentido.

Na área de saúde, disse ter instruído ao Ministro da Saúde para, no quadro da cooperação com a República Socialista de Cuba no sentido de conseguir pelo menos 500 médicos para "acabar com mortes de mulheres no parto na cidade de Bafatá".

Outrossim, referiu ter ja ordenado ao Ministro do Ordenamento do Território, Sola Nquilin para proceder a nomeação dos próximos governadores das regiões baseando nas competências de cada um e não "olhando a cor política ou distinção de raça ou credo político ou religiosa".

ANG/JAM


terça-feira, 21 de março de 2017

Por uma naturalização mais fácil

Contradições da História. Se há 46 anos um natural de África, a residir em Portugal, dissesse que não era português, mas antes guineense, angolano ou moçambicano, poderia ter sérios problemas. Mas agora é completamente diferente: um africano que aqui se tenha instalado há 15 ou há 20 anos necessita de muito trabalho até conseguir ser naturalizado. Pedem-lhe documentos e mais documentos, certidões do país de origem, certificados de registo criminal, de lá e de cá. Fazem-no ir uma série de vezes ao SEF ou às Lojas do Cidadão, demonstrar que tem as contas em dia com a segurança social, etc. etc. Perdem-se vários dias de trabalho, com risco de se ser despedido, gasta-se muito dinheiro e fica-se largos meses à espera, até se conseguir um cartão de cidadão ou um passaporte da República Portuguesa.
As autoridades deveriam providenciar no sentido de ser muito mais fácil aos cidadãos dos PALOP há largos anos a viver em Portugal conseguir, se assim o desejassem, a nacionalidade portuguesa.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Os caminhos da História

Quando é que a História verdadeiramente começou? Quando é que homens verdadeiramente inteligentes começaram a agrupar-se, às centenas e aos milhares, para construir vilas, cidades? Não foi assim há tanto tempo, se pensarmos que o homo sapiens sapiens é uma realidade relativamente recente, no evoluir do planeta Terra. As civilizações da Mesopotâmia, do Egipto e do Vale do Indo são tidas como algumas das primeiras que existiram nesta pequena cabeça de alfinete que é o globo terrestre, partícula minúscula do sistema solar, já de si um bairro pouco central da Via Láctea. E por aí fora, tudo, tudo muito relativo. Desde que o homem nasceu na África e a dada altura começou a avançar para a Ásia e o resto do mundo, apenas se passaram como que apenas alguns minutos, se tivermos em conta há quanto tempo é que existe o Universo, o Cosmos. Há 1,9 milhões de anos surgiu um amontoado de pedras, como que um muro, no desfiladeiro de Olduvai, na Tanzânia, mas só depois disso é que outras construções primitivas iriam aparecendo progressivamente nas terras que são hoje o Zimbabwe, o Quénia, a Etiópia e os países do Médio Oriente. A nossa família, a do referido homo sapiens sapiens, levou 20.000 anos a espalhar-se por todo o planeta, indo até ao Extremo Oriente, passando o Estreito de Bering e começando a descer pelas Américas. Há uns 12.000 anos eram feitas construções na Europa Central e no Sul da Rússia, mas ainda não se podia dizer que existissem civilizações, pelo menos neste nosso planeta. Talvez noutros, coisa que ainda está por esclarecer. De tudo o que nós hoje em dia sabemos, e o saber é uma coisa que vai ser actualizada de década para década, um dos primeiros centros urbanos de que há memória, e que persiste até agora, é Jericó, na Palestina, a oito quilómetros do Mar Morto e a 27 de Jerusalém. Tanto quanto se sabe, os nossos irmãos palestinianos poderão orgulhar-se de que há 11.000 anos já existiriam em Jericó umas 2.000 a 3.000 pessoas, que construíram grandes depósitos de água e se dedicaram à irrigação, tirando proveito de um bom clima. Depois disso, fizeram-se edifícios de tijolo em Çatal Hüyük, na Turquia, e só mais tarde é que surgiram cidades na Mesopotâmia (actual Iraque), no Egipto e nas terras que hoje conhecemos por Índia e Paquistão. Ou seja, como tudo é muito relativo ao longo dos tempos, territórios que hoje em dia se poderão dizer na primeira linha do desenvolvimento não eram quase nada há 4.200 ou 4.300 anos. Caso das Américas, da China ou do Japão, bem como de uma grande parte da Europa. Portanto, se o panorama é este, quem é que nos garante que países hoje em dia muito pouco desenvolvidos não venham eventualmente a ser potências daqui a alguns séculos? Tudo é possível. Há que acreditar! (escrito para a revista Prestígio, de Maputo)

terça-feira, 19 de abril de 2016

Memórias de Luiz Pavão

Exmos. Srs. Durante mais de 20 anos não olhei para o conteúdo das minhas declarações constantes na OD659/85 pois sempre me disseram que era um caso perdido,(e como então ainda tinha forças para andar para a frente, e sempre defendi a iniciativa privada, fui-me aguentando com pequenas intervenções nesta ou naquela telenovela, nesta ou naquela série… )das quais mantenho cópia. Encontrando-me por vicissitudes diversas, as quais , mantenho ,se relacionam com esta OD659/85, a viver num quarto alugado e pago pela Santa Casa, em casa do Sr. Dr. António José Levy de Oliveira David, tal como me tem várias vezes repetido disse tal como sua tia Aida Levy Dias Costa l, como consta no conteúdo completo da referida OD659/85 ,dissera a minha tia Isaura Julieta, perante o cadáver de sua irmã Maria Luísa, na Basílica da Estrela, ter esta “os DIAS CONTADOS” (sic).. Pouco tempo passado de aqui ter entrado a 1 de Setembro de 2009, em conversa, ainda amena, com o dr António David, ventilei a hipótese , visto estar este em permanente contacto com meu primo João Pereira da Rosa, de haver uma trégua, e que me fosse, por meios diplomaticamente pacíficos, devolvida, ao menos, parte daquilo a que tenho direito,ao que me foi, imediatamente, por este respondido: “quanto a isso podes tirar o cavalinho da chuva” (sic). Mais estranho ainda foi, tendo meu pai falacido em Maio de 2009,anterior, portanto, à minha entrada nesta casa, ter-me sido sempre dito que este se encontrava vivo e bem, mesmo em telefonema que já desta casa fiz a meu primo Henrique Jorge Segurado Pavão, que sempre manteve estreita ligação com meu pai. A referência a António José Levy de Oliveira David não aparece aqui, pois que, afilhado de meu defunto primo Guilherme Pavão Pereira da Rosa ,que pela morte de sua mãe ficou como Cabeça de Casal da Família Pavão e dos seus bens, tendo imediatamente substabelecido todos os poderes em seu filho João Pedro Bordallo Pinheiro Pereira da Rosa que há muito nutre profundo ódio por mim, que por sua vez os substabeleceu ao Sr. Cansado,por “coincidência” procurador do meu então senhorio, na Ordem de Despejo que me foi movida pela TRAVESSA MIGUEL LUPI,1 r/c 1200 Lisboa, (também citados, por mim, na referida OD659/85,quanto às condições da continuidade de então sobrevivência de minha tia-avó Isaura Julieta Figueiredo Pavão de quem sou herdeiro universal, por causa da minha presença , então, na Travessa Miguel Lupi ,nº 1 r/c) e cujas famílias mantinham estreitos laços de amizade, e que em tempos me havia dito que”quando a Geja (minha tia-avó primogénita Angélica Ema Figueiredo Pavão Pereira da Rosa ) morresse eu não teria que me preocupar com a minha sobrevivência”,tudo, depois da morte desta, mudou e foi desmentido. Nunca pensei vir parar à boca do lobo, até que por as longas conversas telefónicas que quase quotidianamente mantinha com o dono desta casa, ainda desde o tempo em que eu habitava a Almeida Brandão, nada me fez suspeitar, do desenvolvimento dos acontecimentos, posteriores à minha entrada na D. Carlos I. Mesmo nunca me foi dada chave do quarto que habito, tendo-me sido mesmo proibido, à partida, entre outras coisas fechar o meu quarto, estando ou não em casa, situação que entretanto mudou, depois da 1º intervenção da PSP,a meu pedido , mas como houvera tempo (MESES) para entrarem e saírem aquando das minhas ausências, foi feita, estou certo, cópia da chave do cadeado que utilizava para fechar com correntes, nas maçanetas, do quarto, assim como a chave da gaveta da minha secretária onde tenho o computador, apareceu partida, tendo a situação sido solucionada pela ajuda de funcionários da CLIX aquando da instalação dos mesmos serviços, nesta casa a 7 de Novembro de 2009, que conseguiram tirar a parte partida da chave do canhão.. O cadeado foi mudado da porta do quarto foi mudada também a conselho da PSP, o que piorou a forma como aqui sou tratado, e já foi tentado várias vezes arrombarem-me a porta. O ponto a que chegou o “Terrorismo Doméstico” ou como se chama em Portugal “Violência Doméstica”,(embora exista entre os dois conceitos uma tremenda diferença), nesta casa, parece mais um filme de terror cientifico do que a realidade, não podendo ,por exemplo, nem lavar os meus talheres, juntamente com a loiça da casa,,na minha máquina de lavar louça ,pois que a minha louça foi toda partida pela Sra. d. Maria João do Vale Pinto Coelho, putativa companheira do dono da casa, que entretanto, por falta de pagamento da renda deste apartamento se encontra em contencioso com a Companhia de Seguros Fidelidade, proprietária deste prédio.. É a supracitada Sra .pertencente a uma família com a qual mantenho graves discordâncias ideológicas, políticas e éticas; nomeadamente com o Sr. José de Almeida e Vasconcellos Pinto Coelho, presidente do P.N.R…….. Na MINHA máquina de lavar loiça como me foi afirmado pelo Sr. Dr. António José Levy de Oliveira David ,nada poderia pôr meu e que teria de lavar, se quisesse à mão, os talheres( faca, garfo e colher,o que mesmo isso me custa,pois,não podendo utilizar água quente as minhas mãos no Inverno têm tendência a ficar gélidas e cadavéricas, como resultado da NEUROPATIA PERIFÉRICA DE QUE PADEÇO e que é do pleno conhecimento do dono da casa desde a nossa infância), pois de pratos já não disponho nada,desde a 2ª comparência,a meu pedido da PSP ,que quando abandonou esta casa a dita Fraulein me partiu todos os pratos,estando proíbido,eu só,porque os outros hóspedes deles se usam de utilizar loiça da casa;enquanto a máquina era utilizada todos os dias. Só passados alguns meses é que deixaram de usar a máquina, julgo, pois hoje em dia quase não entro na cozinha, nem para usar o micro-ondas, tendo-me “limitado “ a comer as refeições que a paróquia me proporciona, frias, no quarto, até o café solúvel não posso aquecer. Encontrando-me por vicissitudes diversas, as quais , mantenho ,se relacionam com esta OD659/85, a viver num quarto alugado e pago pela Santa Casa, em casa do Sr. Dr. António José Levy de Oliveira David, tal como me tem várias vezes repetido disse tal como sua defunta tia Aida Levy Dias Costa , como consta no conteúdo completo da referida OD ,dissera a minha tia Isaura Julieta, perante o cadáver de sua irmã Maria Luísa, na Basílica da Estrela, ter “os DIAS CONTADOS” (sic).Pois que desde que entrei nesta casa me tem sido feita guerra declarada, e várias vezes também me foi já dito ,ter os “dias Contados”, faltando-me bens que se encontravam numa dependência, à qual ,todos os que aqui vivem, têm acesso, pelos vistos,agora menos eu, porque tendo em tempos pedido a amigos para me colocarem os caixotes e objectos de forma a eu poder ter acesso a eles logo apareceram mudados, e não por mim,mas sob o comando da “Fraulein” Maria João do Vale Pinto Coelho, e como me custa executar esforços físicos, mais uma vez afirmo ter perdido o controlo do que se encontra ainda de meu nessa divisão. Sendo as coisas minha pertença (tenho facturas,em meu nome que o provam)se coloco algo num sítio, quanto a mim nesse sítio deve permanecer ,ou, sendo mudado, ter-me-ia que ser dado conhecimento. Mesmo as ameaças e os insultos de “paneleiro” são constantes. A situação piorou com a entrada de um 4º hóspede (julgo que a Lei só autoriza 2) que ao entrar disse ser funcionário da RTP, (e que tendo-me eu informado, junto das mais altas instâncias da RTP, lá, não consta, de nome Rui Veiga, com passado obscuro em Paris, e que” conjuntamente” com a supracitada Fraulein controlam completamente esta casa. Repito:neste momento não faço ideia do que de meu ainda se encontra nesta casa,a não ser o que está no meu quarto,que contra vontade dos ditos se encontra sempre fechado a corrente e cadeado e onde tenho documentos, provas, indícios, importantíssimas de tudo o que afirmo; tendo o dito sr. Rui Veiga já me “deitado” as mãos ao pescoço e ameaçado com ferros, tendo na altura acalmado (embora a semana passada me tenha ameaçado de morte) pela pronta intervenção de elementos da esquadra 30 da PSP, que o identificaram quase desde que aqui entrou: até a fruta que a paróquia me deixa num saco ,na escada, me costuma roubar, como o tem feito também aqui em baixo na Macdonalds, como já me foi dito ,a nível de jornais que se encontram à disposição dos clientes para consulta, “in loco”!.... ! Coisas que desapareceram durante meses, que em vão procurei e de repente apareciam assim como um estalar de dedos em sítios diferentes onde os tinha deixado ,meses depois. Penso que também seja esta uma técnica de tentarem confundir-me… Mas confundir-me é muito difícil e pode trazer gravíssimas consequências. Isto parece de facto uma coisa de doidos,expressão que, presumo,abunde na OD659/85! Estou , por exemplo proíbido de entrar na sala comum , onde se encontra,entre outras coisas, um plasma meu (tenho factura) que me custou 3990€, e que estou,claro PROÍBIDO DE VER………….tudo por ordem da dita fraulein Pinto Coelho, nazi confessa, homofóbica e fundamentalista religiosa. Utilizo o termo de TERRORISMO DOMÉSTICO pois sei que, por exemplo, na Alemanha esta figura Jurídica é aplicável, ignorando completamente se em Portugal o é ou não. Como por exemplo tinha vários elementos, da família Pinto Coelho, à porta do meu quarto a ameaçar-me tendo um deles dito ser agente da PSP, a obrigar-me a abrir a porta. Tal não fiz tendo imediatamente contactado a 30ª esquadra, e só na presença da VERDADEIRA PSP é que abri a porta. Ora esse senhor, sobrinho da fraulein, filho de um irmão que o dono da casa já se me tinha queixado estar a dever-lhe 5 mil euros, enquanto a PSP não chegou disse que sabia quem eu era, que tinha sido eu que tinha morto o “Coyote” e que iria dizer ao pessoal da picheleira onde eu morava para me vir fazer a “folha”,estranhei tais palavras da boca de a”agente da autoridade”,mas ao chegar a PSP identificou-se e o agente que ficou comigo disse-me que afinal pertencia À GNR ,ora como os crachats da GNR se vendem por todo o lado suspeito da veracidade dos factos tanto que a PSP me disse, posteriormente que se tornasse a ver tal individuo, imediatamente a chamasse. Passados uns dias tentaram desferir-me uns golpes no pescoço, que segundo o que sei eram golpes mesmo para matar, no Largo Vitorino Damásio. No dia em que aqui entrei, a 1 de Setembro de 2009 , a supracitada senhora ofereceu sem minha autorização, uma televisor MEU a um funcionário da Transportadora (engoli o sapo temendo divergências maiores, pois conheço infelizmente bem demais e profundamente os meios e a falta de escrúpulos utilizada por este tipo de seguidores de certos pensamentos…)Mesmo quando utilizo a MINHA máquina de lavar roupa, sempre desapareciam todas as molas ,que antes de pôr a roupa a lavar se encontravam sempre na cozinha .Como um scanner que se encontrava na dita divisão desapareceu assim como toda a Bijouterie de minha Bisavó Adelaide e de minha mãe, incluindo relógios de marca e alguns também com pedras preciosas dos quais tenho fotos e também uns anéis com umas pedritas, pequenas, mas preciosas. Assim como caixotes que não tencionava abrir nesta casa e apareceram abertos,tendo eu perdido,por falta de forças o controle das minhas coisas que se encontram ( ?)nessa divisão . Devo também especificar que desde 1 de Setembro de 2009 estou proibido de engomar roupa, sem dúvida, para ajudar a manchar a minha Imagem Publica! Encontrando-me em estado semi terminal, seguido na Consulta da Dor do Hospital dos Capuchos e estando a tomar morfina há mais de 2 anos, pelas dores, que a doença congénita do Sistema Nervoso Central, que me faz, dores horrorosas em todo o corpo, devida a séculos de consanguinidade que por fatalidades de ADN me atingiram. Mas tenho, pelo menos a consciência tranquila pois sempre tentei cumprir, leal, digna (ainda que por formas às vezes bem espinhosas) e competentemente a minha Profissão e o meu Dever. Refiro ainda que a maior parte das minhas declarações se encontra largamente documentada e verificável no blog que mantenho em http://luiziipavao.blogspot.com Rogo ser-me deferido o ser ouvido sobre os sórdidos detalhes de todo este Maquiavélico - Kafkiano PROCESSO em nome dos Direitos Humanos Universais. Pede deferimento, Pelo Bem Global, Lisboa, 13 de Setembro de 2011

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Edgard Mitchell e o Universo

O astronauta e os extraterrestres -------------------------------------------------------------------------------- Neste último mês de Fevereiro, aos 85 anos, morreu nos Estados Unidos o astronauta Edgard Mitchell, que fez parte da missão Apollo 14, em 1971, e que foi um dos 12 únicos homens que até hoje estiveram na Lua. Mitchell, o sexto homem a caminhar no solo lunar, ficou particularmente conhecido por ter dito que extraterrestres pacíficos tentaram salvar os EUA de uma guerra nuclear. A existência de extraterrestres é uma coisa que ainda não está oficialmente comprovada, apesar de ao longo de vinte séculos já se terem visto objectos voadores que nunca foram devidamente identificados. Agora, que se descobriu o planeta Kepler 452b, onde é possível que haja vida, que se admitiu a existência de água em Marte e que se procura também água e vida em Europa, satélite de Júpiter, é muito mais natural que se admita, finalmente, que há mais gente no Cosmos, para além das pessoas que vivem na Terra. Depois da II Guerra Mundial, os norte-americanos estavam a proceder a testes na zona de White Sands, apoiados por uma base aérea que existia em Roswell, do outro lado da montanha; e alguns extraterrestres teriam procurado verificar o que é que se estava a passar. Caiu então em Roswell uma nave extraterrestre, mas as autoridades nunca o reconheceram, tendo apresentado a desculpa de que se tratara de um balão meteorológico, com alguns bonecos lá dentro, bonecos esses que teriam sido confundidos com seres vindos de outro ponto do Universo. Segundo Edgard Mitchell, o que os extraterrestres queriam era que os EUA não fossem para mais nenhuma guerra, pois desejariam que houvesse paz na Terra, depois dos anos terríveis do Holocausto e das bombas atómicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Pessoas que trabalharam em White Sands contaram ao astronauta que, de facto, tinham notado a actividade de Objectos Voadores Não Identificados (OVNI), tal como eles têm sido assinalados desde épocas muito remotas. Edgard Mitchell acreditava que a existência dos extraterrestres tem sido mantida em segredo porque a tecnologia que eles podem oferecer à Humanidade colide com os interesses de muitos grupos existentes aqui na Terra. Os governos e as religiões não têm querido admitir que existam formas de vida inteligente noutros planetas, sejam eles no sistema solar ou fora dele, na Via Láctea ou noutras galáxias. A experiência do astronauta passou por uma revelação, ou epifania, aquilo a que os hindus chamam samadhi, os gregos metanoia e os budistas satori: ele ficou a compreender que a realidade extraterrestre é muito diferente de tudo aquilo que oficialmente tem sido aceite. No seu entender, a maior parte das religiões são meras tentativas de cosmologia, de entendimento do Cosmos. "O nosso Universo seria uma coisa insignificante se não houvesse sempre nele algo a ser investigado por todas as gerações que vão surgindo", já o dizia Séneca no século I depois de Cristo. Todos temos interesse em saber o que somos, como é que chegámos aqui, para onde vamos. E estas foram questões pelas quais muito se interessou o astronauta agora falecido. Nós nem sequer sabemos por que é que os EUA interromperam, por tantas décadas, as viagens que estavam a efectuar à Lua. O que é que eles na verdade lá viram e não chegaram a contar? "A Natureza não revela os seus mistérios de uma só vez", escreveu-o Séneca no livro "Questões Naturais". E a NASA (agência espacial norte-americana) também leva muitos anos a revelar o que é que na verdade sabe, sobre a Lua, sobre Marte, sobre o resto do sistema solar e sobre os extraterrestres.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

João Bernardo Vieira II

João Bernardo Vieira II, born in Bissau in August 17, 1977, is the Secretary of State for Transport and Communications of Guinea-Bissau and the spokesperson of the biggest party in Guinea-Bissau. João Bernardo Vieira was named after his uncle João Bernardo Vieira who served as President of Guinea-Bissau from 1980 -1998 and later 2005-2009. Vieira has a law degree from Universidade Lusídas Lisboa, Portugal and holds a Master's degree in Sustainable International Development from Brandeis University, where he served as President of the Graduate Students Association. He was awarded a certificate of Emerging Leaders Program in Executive Education from Harvard Kennedy School of Government and an Archbishop Desmond Tutu Leadership Fellowship in South Africa. In 2004, Vieira began his career in public service in Guinea-Bissau by serving as the Head of Multilateral Agreements in the Ministry of Trade. In this capacity he represented Guinea-Bissau in the Multilateral Trade Negotiations of the World Trade Organization. He took courses in Geneva offered to students from Least Developed Countries. In 2011 after a national contest, he was selected out of a pool of 50 Bissau-Guineeans to serve as a member of the board of National Regulatory Authority, an organization responsible to regulate the telecom and the internet sector where he served for 3 years. Secretary of State for Transport and Communications In May 2014 he contributed to party's landslide victory. In July he was sworn in as Secretary of State for Transport and Communications, the youngest member (Kodé) of the government.

sábado, 12 de dezembro de 2015

Samakuva reeleito presidente da UNITA

Entre 3 e 5 de Dezembro, decorreu nos arredores de Luanda o XII Congresso da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Com 82,8% dos votos, Isaías Samakuva foi reeleito presidente do ‘Galo Negro’ pela quarta vez. Escolhido pelos delegados pela primeira vez em 2003, Samakuva lidera a UNITA ininterruptamente há 12 anos e prepara-se agora para se candidatar, uma vez mais, à presidência de Angola nas eleições gerais previstas para Agosto de 2017. Dito por outras palavras, desde a morte de Jonas Savimbi, em Fevereiro de 2002, que em tempos de paz a UNITA só conheceu um líder.1 Correndo o risco de comparar o que não é comparável, importa assinalar que a resiliência política de Samakuva na liderança da UNITA é relativamente semelhante à de José Eduardo dos Santos à frente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Mas se a longevidade de José Eduardo dos Santos é relativamente fácil de compreender, o mesmo não se pode dizer da resiliência de Samakuva. No essencial, mas não em exclusivo, a 1 Samakuva enfrentou sempre candidaturas alternativas. Em 2003 derrotou Lukamba Gato e Dinho Chingunji; em 2007 venceu Abel Chivukuvuku; em 2011 derrotou José Pedro Kachiungo. Desta vez enfrentou Lukamba Gato, uma vez mais, e Abílio Kamalata Numa. A longevidade de José Eduardo dos Santos assenta na distribuição eficaz das benesses decorrentes do exercício do poder político. De certo modo, o MPLA é o Estado e o Estado é o MPLA, sendo que José Eduardo dos Santos é quem tutela de forma exímia todo o processo. Sem benesses para distribuir, a sobrevivência política de Samakuva na liderança da UNITA é mais difícil de explicar, mesmo tendo em conta que os últimos 12 anos não foram isentos de sobressaltos. Em Março de 2012, por exemplo, em ruptura com Samakuva, destacados dirigentes da UNITA, entre eles Abel Chivukuvuku, abandonaram o partido e fundaram uma nova força política, a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE). Esta importante cisão terá sido o mais duro golpe político que a UNITA enfrentou nos tempos mais recentes. Porém, com maior ou menor dificuldade, é um facto que Samakuva sobreviveu às hecatombes nas eleições legislativas de Setembro de 2008 e, mais recentemente, nas eleições gerais de Agosto de 2012. Em parte, por paradoxal que possa parecer, a explicação para as suas sete vidas políticas poderá estar na irrelevância da própria UNITA. Sem que seja previsível a ascensão da UNITA ao poder, o partido do ‘Galo Negro’ vive fechado sobre si próprio, sem grande capacidade de atracção de jovens quadros, e disso tira proveito Samakuva que, ao lon- 11 DE DEZEMBRO DE 2015 40 A reeleição de Samakuva: uma boa notícia IPRIS Comentário para José Eduardo dos Santos | 2 go dos anos, teceu uma elaborada teia de cumplicidades e de lealdades. De certo modo, a UNITA é um partido de nicho e de nicho continuará a ser no curto e médio prazo. Independentemente dos motivos que estão por detrás da sobrevivência política de Samakuva, a sua reeleição inequívoca não é uma boa notícia para a UNITA e para Angola. Mesmo tendo em conta que Samakuva contestou a forma como decorreram as eleições de 2012, não há nenhuma razão para acreditar que em 2017 a UNITA terá um desempenho político substancialmente muito diferente daquele que teve em 2008 e 2012. Incapaz de se renovar ao mais alto nível, a UNITA continuará a ser incapaz de agregar à sua volta os descontentes com a eterna presença do MPLA na liderança de Angola. Nessa medida, os fenómenos de contestação política contra José Eduardo dos Santos tenderão a manter uma natureza inorgânica, como é o caso do activista Luaty Beirão. Nesta altura, não é ainda claro se José Eduardo dos Santos pretende candidatar-se a um novo mandato presidencial. Em todo o caso, no limite a sua intenção ficará obrigatoriamente clarificada no VII Congresso do MPLA que se realizará em Agosto de 2016. Ironicamente, pode dizer-se que em sentido figurado a continuidade de Samakuva — e o que ela representa em termos de ausência de alternativas e de renovação da UNITA — é em parte um precioso seguro de vida para José Eduardo dos Santos. Ainda que Angola viva actualmente um ciclo económico adverso e muito difícil, com todas as implicações políticas e sociais que daí decorrem, a eventual reedição em 2017 do confronto eleitoral de 2012 — entre José Eduardo dos Santos, Isaías Samakuva e Abel Chivukuvuku — não terá, em circunstâncias normais, grande história para contar. Naturalmente, a perpetuação do MPLA no poder constitui um problema, mas no actual contexto político a UNITA e a CASA-CE não se afiguram como parte integrante de qualquer solução alternativa. | Paulo Gorjão IPRIS