sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Os sacrifícios dos portuguedes

«O que for necessário ainda sacrificar, que atinja quem se possa sacrificar e que tenha sempre em conta o bem de todos e, sobretudo, daqueles que já não têm quase nada», afirmou à agência Lusa o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. Neste sentido, alertou que «os responsáveis políticos têm de tomar medidas com muita solidariedade», sublinhando que chegam às instituições sociais e de caridade cada vez «mais pedidos de ajuda». «Havia muita gente que não recorria às instituições de solidariedade e agora recorre, desde há dois ou três anos. Portanto, já não são só os pobres, mas pessoas da classe média que recorrem de uma maneira envergonhada face à perda de estatuto», afirmou. Em relação aos cortes anunciados das pensões de sobrevivência, chamou «a atenção para que, com este novo desemprego, muitas pensões de pais e avós também servem para ajudar filhos e netos, que estão desempregados». Considerando que é preciso tomar medidas «para resolver as dificuldades do país sob assistência externa e para haver investimento e desenvolvimento», defendeu que os membros do Governo devem «ter uma ação muito pedagógica», no sentido de explicá-las aos portugueses, cuja «maioria não é especialista» em matérias, como finanças. «Não é possível resolver por nós [no atual contexto do país sob dependência externa] as nossas dificuldades, o que limita a capacidade de ação sobre os recursos nacionais», lembrou D. Manuel Clemente. O Patriarca de Lisboa falava no final de uma missa de celebração dos 110 anos da Associação dos Bombeiros de Torres Vedras, donde é natural.

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