terça-feira, 18 de novembro de 2014

O Cante e as demais belezas de Portugal

A forma de cantar do Baixo Alentejo, no Sul de Portugal, é uma das coisas mais interessantes que se podem encontrar na Península Ibérica. Para a ouvir, para apreciar essa expressão artística, vale a pena ir a Cuba, à Vidigueira, a Serpa, a Castro Verde ou aos demais concelhos do distrito de Beja. Jorge Heitor O cante alentejano, classificado em Novembro pela UNESCO como Património da Humanidade, vai ser um dos temas centrais da feira Ovibeja 2015, agendada para Beja, entre 29 de abril e 3 de maio de 2015. Coloque isto na sua agenda. A forma tão particular de se cantar nas terras do Baixo Alentejo, desde o Alvito até Almodôvar, em grupos, normalmente masculinos, foi consagrada pela Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO), que já antes, nos últimos anos, consagrara o fado como um dos patrimónios imateriais da Humanidade. Trata-se, assim, de dar mais um impulso ao turismo no Alentejo, tanto o Alto como o Baixo, desde o Fluviário de Mora às praias do concelho de Odemira, que se prolongam pelas da Costa Vicentina, já no Algarve. Foi no Alentejo que José Afonso se inspirou para escrever Grândola, Vila Morena, o grande hino do 25 de Abril de 1974, quando Portugal se resolveu enfim a reconhecer o direito dos povos africanos à autodeterminação e à independência. É no Alentejo, no concelho do Redondo, que nasceram e foram criados os grandes músicos Vitorino e Janita Salomé, dos melhores que tem havido em Portugal neste último meio século, desde que José Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho começaram a dar uma nova forma, mais interventiva, ao modo de se cantar em Portugal. O cante é uma das riquezas da terra portuguesa, que tem muitos problemas, mas que sabe ser atraente para quem a visita, desde o Minho até aos Açores e à Madeira, passando pelo Porto e por Lisboa. Portugal é um pequeno país da Europa Ocidental, mas tem muito para ver; razão pela qual atrai tantos espanhóis, franceses, italianos, britânicos, alemães e visitantes de outras nacionalidades, bem como fortes investimentos angolanos e chineses. A Sé de Braga, a Penha de Guimarães, a bacia do rio Douro, as caves de Vinho do Porto, em Gaia, a Serra da Estrela, com neve no Inverno, a cidade de Lisboa, as igrejas góticas de Santarém, o Convento de Cristo, em Tomar, e todo o Alentejo são motivos mais do que suficientes para qualquer pessoa que o possa fazer se decidir a passar férias em Portugal, onde se come bem e bebe bom vinho. Desde os verdes do Minho aos tintos do Cartaxo, aos brancos de Bucelas e aos alentejanos de Borba e de Reguengos, são muitos os vinhos de que se pode desfrutar em Portugal, para acompanhar um bom peixe grelhado, um cozido ou uma dobrada com feijão branco. Quer seja na Primavera ou noutra época do ano, pode-se alugar um carro e ir à aventura, por aí fora, desde o rio Minho ao Guadiana, enchendo os olhos de paisagem e percorrendo as cidades, vilas e aldeias, de modo a procurar entender o encanto de cada uma delas. Depois, ou noutra ocasião, tomar um voo e ir até às ilhas dos Açores e da Madeira, conhecer o imponente Pico, a verde São Miguel, a vasta praia de Porto Santo e as restantes belezas dessas regiões autónomas. Venha, estamos à sua espera! 28 de Novembro de 1014

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