domingo, 13 de janeiro de 2013
O conservadorismo da política portuguesa
Desde as eleições para a Assembleia Constituinte, em 25 de Abril de 1975, até à mais recente Eurosondagem, para a SIC e o Expresso, a posição das quatro principais forças políticas portuguesas permanece inalterada. PS em primeiro, respectivamente com 37 e 34 por cento. PPD/PSD nos 26 por cento. PCP (agora CDU) com 12 e 10 por cento. CDS a subir de sete para nove.
A isto é que se chama 37 anos e meio de constância; e muito me admira que o Partido Socialista ainda consiga obter 34 por cento das intenções de voto, depois de tanta coisa menos agradável que fez há seis, cinco, quatro, três, dois anos...
As descidas, relativamente pequenas, que o PS e o PCP tiveram de 1975 para cá foram, de algum modo, compensadas com o surgimento do Bloco de Esquerda, agora com 8,8 por cento das intenções de voto, na quinta posição do espectro político português.
No essencial, repito, uma grande constância. Surgiu e morreu o PRD, de Ramalho Eanes; e em quase 90 por cento o querer dos portugueses continua a ser hoje o que era um ano após o Movimento dos Capitães de Abril.
De certo modo, um grande conservadorismo, com os mesmos jogadores a ocuparem os tabuleiros principais. JH
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