quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Meu sangue latino

A playa de Matalascañas foi uma das minhas descobertas do início dos anos 80, pois lá passei um dia e uma noite (na pensão Abelardo). Também conhecida por playa de Castilla, à beira das marismas do Guadalquivir e do Santuário de El Rocio. Ficou-me gravada no coração, tal como Antequera, la plaza de toros de Ronda (a mais antiga de Espanha), Córdoba, Granada, Ceuta...Europa, minha pátria, que tanto amo, cuando estoy de ti lejos...Quisera ser tanta coisa em tanto lado! Ir cortar o cabelo a Almeria, fazer amor em Sevilha, ver nevar em Copenhaga. Um dia subi a um monte, perto de Oslo, e fiquei a olhar a paisagem. Quando conheci Amesterdão senti-me velho. Em Dusseldórfia comi carne de porco. Em Berlim passeei pela floresta, em Grunewald. Saudade. Em Formentera a água estava tão quente que mal me lembro de outra assim. Em Aix-e-Provence tomei café sob os plátanos. Saudade. No Chateau d'IF visitei a cela do abade Faria. Em Buenos Aires, aonde nunca fui, palpita o meu sangue latino. Eis um retrato de mim, Jorge, 1971/1985

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