sábado, 7 de janeiro de 2012

A primeira dinastia portuguesa não era de cá

Interferências externas em terra lusitana (ou os primórdios da troika): Veio Henrique de Borgonha e fez a Teresa de Leão um filho, Afonso Henriques, que se casou com Matilde de Sabóia e ficou a mandar nas terras entre Guimarães e Coimbra. O filho de Afonso e Matilde, Sancho I, casou-se com Dulce de Aragão, tendo nascido Afonso II, que casou com Urraca de Castela. Um dos filhos dele, Afonso III, casou-se em segundas núpcias com Beatriz de Guillén, castelhana, e nasceu Dinis, que casou com Isabel de Aragão. Tudo isto gente que se poderia considerar estrangeira, pois que não tinha sangue duriense, nem beirão nem ribatejano. Ou seja, os afonsinos eram um perfeito produto de cortes estrangeiras; e de modo algum alguém proveniente de famílias criadas em Cinfães do Douro, Alcaíns ou Santarém.
Afonso IV, filho de Dinis e Isabel, casou com uma princesa castelhana; e de igual modo seu filho, Pedro I, mas este teve por artes fazer a Teresa Lourenço aquele que seria D. João I, o fundador da dinastia de Aviz e possivelmente o primeiro soberano português com algum sangue destas bandas.

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