Em Outubro de 2005 o Governo português disse acreditar “que o povo guineense permanece credor de auxílio internacional urgente para o seu progresso”; e o Presidente Jorge Sampaio manifestou a esperança de que “a comunidade internacional não se esqueça da Guiné-Bissau”.
Decorridos seis anos e três meses, o Governo e o Presidente de Portugal, agora Cavaco Silva, já praticamente nada dizem sobre os complexos jogos de poder que se verificam naquela antiga colónia.
Com o Presidente Malam Bacai Sanhá bastante fragilizado, com o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior a tentar a todo o custo manter-se à frente do PAIGC, como desde há mais de seis anos o tem vindo a fazer, grande parte da vida na Guiné-Bissau depende do duelo entre o general António Indjai e o almirante Bubo Na Tchuto.
Com o Presidente Sanhá há mais de um mês fora do país, doente, com Carlos Gomes Júnior fragilizado, o povo está dependente do ajuste de contas entre o Chefe do Estado-Maior General e o Chefe do Estado-Maior da Armada.
Ansumane Mané, Veríssimo Correia Seabra e Tagme Na Wae foram chefes do Estado-Maior General já assassinados, não sendo de excluir que outros oficiais generais o venham a ser num futuro mais ou menos próximo.
A Guiné-Bissau ainda está muito longe de ser o país livre, independente e seguro com que Amílcar Cabral, Luís Cabral e Aristides Pereira sonhavam há 40 anos.
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