domingo, 10 de fevereiro de 2013
É urgente um Governo de Salvação Nacional
Inacreditavelmente, verifiquei que este mês veio de pensão menos 437 euros do que o habitual e nem consegui contacto com a Caixa Nacional de Pensões para perguntar se acaso se tinham esquecido de pagar os duodécimos, se estes só começariam a ser pagos para o mês que vem. Continuo sem saber. E continuo a ter dificuldade em acreditar que, com duodécimos e tudo, eu fique com menos 400 ou 500 meses por mês. Ninguém aguenta perder assim de um mês para o outro 20 por cento do seu rendimento mensal, da sua subsistência. Ao fim de 47 anos de trabalho. Quarenta e sete.
Comecei a trabalhar e a descontar aos 17 anos. Só parei quando a entidade patronal, o jornal PÚBLICO, me propôs o caminho da reforma antecipada, para benefício dela, para poupar. E agora não chego a receber sequer 1.770 euros ao fim do mês?
Isto é intolerável. Há oito anos, pelo menos, que notava que o nível de vida se estava a degradar em Portugal, que a austeridade era cada vez maior; mas o que aconteceu agora ultrapassou todos os limites.
Com a mesma veemência com que sempre critiquei a arrogância de José Sócrates, condeno agora este crime que está a ser cometido contra pessoas que apenas têm 1.700, 1.800 ou 1.900 euros ao fim do mês, depois de quase meio século de trabalho árduo.
Há muito que deixei de ir a espectáculos e de comprar discos. Também se pode dizer que muito raramente compro livros. Há alguns anos que deixei de ir de férias ao estrangeiro.
Será que isto é Viver? Não; não é. É pura e simplesmente sofrer, amargurado, por causa da má governação que nestes últimos nove anos tem havido em Portugal.
Praticamente desde a altura em que Durão Barroso foi para Bruxelas, as coisas têm vindo de mal a pior, ano após ano. E se o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho tivesse consciência deste mal que está a ser feito a muitos cidadãos deveria demitir-se, propondo ao Presidente da República que organizasse um Governo de Salvação Nacional. Jorge Heitor
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