Não é a simples saída de Indjai que resolve os problemas da
Guiné-Bissau
Jorge Heitor
Claro que foi muito bom saber que o
general golpista António Indjai tinha deixado de ser esta semana Chefe do
Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, mas a sua simples
exoneração, e substituição pelo brigadeiro Biaguê Nan Tan, não resolve os
múltiplos e antiquíssimos problemas do país. Os antigos Combatentes da
Liberdade da Pátria têm sido um empecilho para uma Guiné-Bissau inteiramente
nova, que nada tenha a ver com as questiúnculas do tempo em que foi gerada e das
suas primeiras décadas como país independente. Sendo o brigadeiro general
Biaguê Nan Tan um antigo vice-chefe do Estado-Maior do Exército, que entretanto
passara efemeramente por chefe da Casa Militar do Presidente José Mário Vaz, não
é de forma alguma uma personalidade alheia à oficialidade que nestes últimos
anos tem estado na mó de cima, sempre pronta a interferir nos assuntos
políticos. Antigo Combatente da Liberdade da Pátria, portanto pessoa que há
umas boas quatro décadas anda fardada, de armas na mão, não representa de forma
alguma o sangue novo do que o país precisaria; uma classe castrense que fosse
altamente profissionalizada e que não eivasse dos vícios que tanto prejuízo têm
causado aos guineenses. Chefe das brigadas operacionais das Alfândegas quando
o actual Presidente, José Mário Vaz, era ministro das Finanças, o brigadeiro
general Biaguê Nan Tan não será o oficial impoluto, relativamente jovem, de que
o seu país precisaria para dar uma grande reviravolta nas estruturas militares,
que se encontram absolutamente caducas. Ao escolher um amigo, e um homem da
etnia balanta, maioritária, o Presidente da República terá julgado proceder bem,
mas é ainda muito cedo para se dizer se o escolhido tem condições para ficar
muito tempo no cargo, antes de que a médio prazo surja uma daquelas intentonas
em que a Guiné-Bissau é tão pródiga. Antes de optar por este elemento da
velha guarda, de uma velhíssima guarda que vem dos idos de 1973 e 1974, José
Mário Vaz ouviu um Conselho de Defesa em que pontificam figuras tão pouco
recomendáveis como o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Papá Camará,
cujo lugar deveria ser talvez atrás das grades, uma vez que já foi acusado a
nível internacional de se encontrar implicado no narcotráfico. Outro dos
homens com assento no Conselho da Defesa é o vice-chefe do Estado-Maior General
das Forças Armadas, general Mamadu Turé, "Nkrumah", tal como Papá Camará alvo de
sanções da União Europeia, por ao longo dos anos não ter sabido respeitar o
poder civil, mas antes alinhado em conjuras e em manobras golpistas. Por tudo
isto e por muito mais é que não deito foguetes quando leio que o general António
Indjai foi finalmente exonerado da chefia do Estado-Maior General das Forças
Armadas guineenses para dar o lugar a outro oficial general balanta, que não é
jovem nem nos dá grandes garantias de se comportar de uma forma substancialmente
diferente da de um qualquer Papá Camará, Mamadu Touré ou Daba Na Walna. Para
se salvar, a Guiné-Bissau precisa de reformas muito mais profundas, de há muito
prometidas e de há muito adiadas. Esperemos que o Presidente José Mário Vaz e o
primeiro-ministro Domingos Simões Pereira ainda tenham a oportunidade de as
promover, antes de que novos Indjais se lhes atravessem no caminho.
Mozambique rivals Dhlakama and Guebuza sign peace
deal
The two men warmly embraced after signing the peace
deal
Mozambican President Arnando Guebuza
has signed a peace deal with ex-rebel leader Afonso Dhlakama, who on Thursday
emerged from two years in hiding.
President Guebuza hailed the deal to end a low-level insurgency as "a very
important day for our people".
Mr Dhlakama agreed but also accused the government of "intolerance", the AFP
news agency reports.
The head of Renamo, which fought a 1975-1992 civil war, says he will contest
next month's elections.
Afonso Dhlakama said he wanted to end the "one-party
state" in Mozambique
Frelimo and Renamo fought a bitter 15-year civil
war
Despite recent progress, many Mozambicans remain
stuck in poverty
He has contested every poll since the civil war ended but has always
lost.
Mr Dhlakama flew into the capital Maputo on Thursday accompanied by
diplomats, after a deal to end the conflict was agreed last month.
After signing the deal, he said he hoped it "can bring to an end the
one-party state", AFP reports.
"After the beautiful dream of two decades ago when peace seemed to be for
always, we saw a systematic concentration of power in the hands of those in
power... many are in this room," he said, drawing gasps and mutters from the
audience, according to AFP.
The Renamo leader went into hiding in October 2012, after accusing the
government of breaking the terms of the 1992 peace deal.
The conflict threatened the economic progress Mozambique had made in recent
years.
Presidential and parliamentary elections are due on 15 October.
Mr Guebuza is stepping down after serving two terms and former Defence
Minister Felipe Nyusi will be the candidate of the governing Frelimo party. BBC
Desde o seu surgimento como estado, Portugal lutou muito para existir, enquanto um país soberano, contra vários adversários. Primeiro foram os invasores muçulmanos vindos do norte da África desde o início do século VIII, que em 711 invadem a Península Ibérica, derrotam os Visigodos na batalha de Guadalete e em poucos anos ocupam todo o território, à exceção de uma zona a norte, as Astúrias e o país Basco.
Por Thoth3126@gmail.com
… Foi aí que se refugiaram os nobres visigodos, e foi daí que partiu a Reconquista Cristã das terras perdidas aos muçulmanos na Península Ibérica. Os Cristãos foram se organizando em vários reinos, o primeiro foi o das Astúrias, que mais tarde deu origem ao reino de Leão e Castela e depois se formou o reino de Navarra e Aragão.
Houve recuos e avanços na luta pela Reconquista e só quando os muçulmanos se dividiram é que os Cristãos ganharam terreno na península Ibérica, mas os muçulmanos pediram a ajuda aos Almorávidas e foi então que D. Afonso VI, rei de Leão e Castela foi obrigado a pedir ajuda aos franceses.
Um mapa com a evolução das fronteiras dos territórios na Península Ibérica ao longo da luta pela reconquista das terras aos muçulmanos, 790-1300. Em VERDE os territórios dominados pelos muçulmanos.
Então a Borgonha na França envia o Conde Dom Henrique para combater os mouros em 1094. Com os seus méritos de cavaleiro em batalha, D. Henrique ganha de D. Afonso VI o Condado Portucalense após casar-se com sua filha. Durante a Reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, constituído em 1095 em feudo do rei Afonso VI de Leão e Castela e oferecido a Henrique Conde de Borgonha, bisneto do rei francês que veio auxiliá-lo na luta pela reconquista de terras aos mouros, tendo também recebido a mão de sua filha, a infanta D. Teresa de Leão.
Este último condado era muito maior em extensão, já que abarcava também os territórios do antigo condado de Coimbra, suprimido em 1091, partes de Trás-os-Montes e ainda do sul da Galiza. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras em 1249, Portugal tornou-se assim o mais antigo Estado-nação da Europa.
Com o passar dos anos o Condado Portucalense deixa de ser um mero apêndice da Espanha para se tornar um estado soberano com dinastia real própria, com fronteiras bem definidas, claras divisões administrativas, um exército leal ao rei e com o reconhecimento e apoio do Santo Papa (algo fundamental naqueles tempos), sua própria moeda, e um idioma próprio com características bem distintas do resto da Europa, e que viria a criar um vasto tesouro literário para o qual contribuiriam gênios como Antero de Quental, Luís de Camões, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco e muitos outros. A primeira crônica escrita pelos portugueses sobre o Brasil (a conhecida carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal) é um exemplo das possibilidades que o idioma português é capaz de produzir em mãos hábeis comandada por mentes observadoras. Existe um capítulo fundamental na extensa e aguerrida formação da história de Portugal que é pouco conhecida de nós brasileiros e pouco reconhecida pelos acadêmicos. A relevância da Ordem dos Cavaleiros Templários (os monges guerreiros) na história de Portugal. Os Templários foi uma Ordem de Cavalaria de guerreiros da elite da nobreza europeia, tendo seus altos escalões sido formados e preenchidos pelas principais casas da aristocracia da Europa.
O lema dos Templário: “Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam“ (Salmo. 115:1 – Vulgata Latina) que significa “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (tradução Almeida).
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim “Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici“),mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo ou Cavaleiros Templários, foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo daPrimeira Cruzadade 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a conquista da Terra Santa. Os seus membros faziam votos de pobreza e castidade e da fé em Cristo para se tornarem monges, usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. O nome da ordem é em decorrência do local onde originalmente se estabeleceram (noMonte do Temploem Jerusalém, onde existira oTemplo de Salomão, destruído em 70 d.C pelas legiões romanas de Tito Vespasiano, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa). Os Templários entraram em Portugal ainda no tempo de D. Teresa, que lhes doou a povoação de Fonte Arcada, Penafiel, em 1126.
Igreja do Castelo dos Templários de Tomar. A sua planta circular evoca a Igreja dos Templários em Jerusalém.
Um ano depois, a viúva do conde D. Henrique entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na conquista de terras aos mouros. Em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante de Santarém. Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram sediados na cidade de Tomar. Através da bula papal Regnans in coelis em 12 de agosto de 1308, o Papa Clemente V dá conhecimento aos monarcas cristãos do processo movido contra os Templários, e pela bula Callidi serpentis vigil(dezembro de 1310) decretou a prisão e a extinção dos mesmos. Em Portugal, a partir de 1310 e da bula papal o rei D. Dinis buscou evitar a transferência dos bens da ordem extinta pela igreja para os Hospitalários e sutilmente apoiou todos os Cavaleiros Templários que buscaram refúgio em seu reino. Posteriormente, a 15 de março de 1319, pela bula papal Ad ae exquibus o Papa João XXII instituiu a Ordo Militiae Jesu Christi(Ordem da Milícia de Jesus Cristo) à qual foram atribuídos os bens da extinta ordem dos Templários no país.
A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os Cruzados chamaram-lhe de o Templo de Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do Templo original, e foi a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.
Além de possuir riquezas (até hoje ainda procuradas) e uma enorme quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra de navios. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota para deslocamentos e negócios com várias nações. Devido ao grande número de membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso possibilitou-lhes refugiarem-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros foram para a Escócia, Suíça, Portugal e até mais distante, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei francês e da Igreja.
O desaparecimento da esquadra da ordem é outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento dos cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou dos portos franceses durante a noite, desaparecendo sem deixar registros, para nunca mais ser vista. Por “coincidência” nessa mesma data (1307), o Rei Português D. Dinis nomeava o primeiro almirante Português de que existe memória, apesar de Portugal não ter armada. Por outro lado, D. Dinis evitava entregar os cavaleiros Templários e os bens dos mesmos à Igreja e conseguiu criar uma nova ordem de cavalaria, a nova Ordem dos Cavaleiros de Cristo em 1318 com base na Ordem Templária, adotando para símbolo uma adaptação da cruz orbicular Templária, levantando a dúvida de que ele estava protegendo os Cavaleiros Templários e podemos supor que foi com a honra intacta que todos eles ingressaram na nova ordem criada por dom Dinis, rei de Portugal. Na verdade, não há consenso entre os historiadores sobre a composição da nova ordem de cavaleiros e monges guerreiros, para alguns, os templários portugueses (presentes no país desde os tempos do fundador dos Templários, Hugo de Payns) teriam apenas trocado de nome. De qualquer maneira, a Ordem dos Cavaleiros de Cristo herdou todas as propriedades e fortalezas de sua antecessora, assim como os votos de pobreza, castidade e obediência (agora ao rei de Portugal).
Caravela Templária, da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, que se fizeram ao Mar quando o tempo chegou: em 08 de Março de 1500, para (re)descobrirem o Brasil.
Novas mudanças liberaram os cavaleiros de seu voto de castidade e pobreza, permitindo que navegadores como Cristovão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama se tornassem membros da Ordem de Cristo. Os navios que aportaram no Brasil pela primeira vez traziam em suas velas o emblema da Cruz da Ordem de Cristo, aparentemente uma versão modificada da antiga cruz templária. Ao longo do século seguinte, os consideráveis recursos militares, econômicos, e principalmente o conhecimento de rotas e correntes marítimas, da construção de navios oceânicos, a posse de mapas, e o CONHECIMENTO DE TERRAS EXISTENTES À OESTE DE PORTUGAL que os líderes da ordem dos Cavaleiros Templários detinham quando passaram a ser comandados pelo rei Dom Dinis, foram direcionados para a expansão marítima portuguesa, que estava ganhando impulso. A Ordem de Cristo ganharia soberania sobre os territórios que conquistasse na África, bem como direito a 5% do valor das mercadorias vindas da região. Os ex-templários, agora Cavaleiros da Ordem de Cristo, estabeleceram escolas náuticas e construíram estaleiros, sigilosamente construíam navios e confeccionavam mapas geográficos costeiros e náuticos, com correntes marinhas, ilhas, ilhotas e abrolhos, estudavam a navegação pelos astros, os ventos, a atmosfera, e a dirigibilidade das velas; determinavam como deviam ser construídos os cais e ancoradouros; compilaram o que hoje se chamaria uma minuciosa oceanografia. Sempre almejando derrotar os mouros e lançar-se ao grande mar em busca de “novas” terras que eles já sabiam que existiam. Portugal vive assim quatro séculos, de 1200 a 1600 mergulhado em febril projeto de expansão marinha. Desbrava e conquista muitos locais, a Ilha da Madeira e os Açores e mais locais no litoral na África, ali fincando fortes e postos avançados para comércio e evangelização dos povos nativos. Assim igrejinhas brancas são erguidas nos cimos dos morros para serem vistas de longe, de quem chega pelo mar. Novas colônias são implantadas. No início do século XVII Portugal já é o quinto país mais poderoso do mundo. Pedro Álvares Cabral era um membro nobilíssimo da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. Em segredo ele era um Cavaleiro Templário que quando chegou à Terras de Vera Cruz, mais tarde Santa Cruz e por fim Brasil, nas praias da Bahia ele trazia em suas mãos, em um gesto reverente e respeitoso, a bandeira da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, sucessora dos Cavaleiros Templários, que foi hasteada na praia. Não era a bandeira do Reino de Portugal, mas a da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. O mesmo gesto o navegante sob a bandeira espanhola, Cristovão Colombo teve ao descer nas novas terras das ilhas que descobrira quando chegou à America do Norte, também desfraldando a bandeira dos Cavaleiros Templários …
The race is on to land people on Mars. But it’s not just Nasa taking part. Guest blogger Zahaan Bharmal reviews the competitors in this amazing dash for the red planet.
An artist’s impression of a Mars One settlement. The colonists would spend the rest of their lives on the red planet. Image: Bryan Versteeg/mars-one.com
Two years ago tomorrow, a nuclear-powered rover, the size of an SUV and weighing almost a tonne, was lowered onto the surface of Mars. Touching down ever so gently, Nasa’s Curiosity landed with an almighty roar.
It sent a message to the world that a new space race – a race to eventually set foot on Mars – was well under way.
There are still many years, many missions, many things to try, fail and try again before Nasa completes this race. And the costs are likely to be in the hundreds of billions of dollars. But the Curiosity mission represented a crucial stepping-stone towards Nasa’s eventual goal of a manned mission to Mars in 2035.
It is, however, not alone in its ambition. The last time Nasa raced to space, its rival was the former Soviet Union – a giant superpower competing for political and military superiority in the cold battlefield of space.
This time the competitors are a lot smaller but no less tenacious. Over the past few years a diverse and eclectic group of nonprofit and for profit organisations have emerged, all with their sights set on sending humans to Mars.
And crucially, they all think they can get there much faster and much cheaper than Nasa. Here is a brief look at three of the teams racing to Mars.
Inspiration Mars – “The flyby”
Who are they? A non-profit founded by Dennis Tito, the first ever space tourist. What’s their big idea? A flyby. They plan to orbit Mars but never actually land. Is there any point going to Mars if you’re not going to land? There’s a lot to learn from the journey. They want to know more about how humans deal with long periods in space, both mentally and physically. Sounds fun. When do we leave? Sadly, no Brits allowed. The crew is going to be all American, a man and a woman, preferably married. OK, when does the happy couple leave? In 2018. That’s when the Earth and Mars will align, offering a rare orbit that will allow a craft to make the round trip in only 501 days, which will save on fuel. And in 2018 there will also be the lowest levels of solar radiation for over a decade. So less need for the SPF 30,000 sun cream. That’s only four years from now. What if they are not ready? There’s a plan B. In 2021 there will be another rare orbit, this time involving a slingshot around Venus on the way to Mars taking 589 days. A flyby sounds cheaper than landing. How much will this all cost? Between $1bn and 2bn is the estimate, funded largely by Tito.
Mars One – “The one way trip”
Who are they? A non-profit founded by Dutch entrepreneur, Bas Lansdorp. What’s their big idea? A one-way trip to Mars. Wait, no return trip home? Yup. Once you’re there, you’re there. Their plan is to eventually establish a permanent human settlement. Sounds like a commitment. How many people would be up for that? Quite a few, it seems. Mars One recently invited members of the public to apply to be their first astronauts and received 2,782 applications, over 100 of which were from the UK. And how many will actually get to go? So far, just over 700 have been invited for an interview. From there, a selection processes will whittle down the list to six groups of four astronauts. When do they leave? The first crew of four will leave in 2024. After that, crews of four will leave every two years. How much is it all going to cost? An estimated $6bn plus the cost of supporting the astronauts for as long as they live on Mars. Where are they getting the money from? They plan to document the entire journey on a reality TV show, which they hope will largely finance the expedition.
Space X – “The round trip”
Who are they? A private space exploration company founded by Elon Musk. He was the guy that inspired Tony Stark’s character in Iron Man, right? Yup. Genius, billionaire, playboy, philanthropist. What’s his big idea? A fleet of reusable rockets, launch vehicles and space capsules to transport humans to Mars and back again. Why does he want to go to Mars? Musk’s ultimate vision is for humanity to become a multi-planetary civilisation. He wants to build a self-sustaining city on Mars of up to 80,000 people, so that in the event of a catastrophe on Earth, we have somewhere else to go. When do they leave? Their aim is to put a human boot on Mars by 2026. Who would get to go? Unclear at this stage but Musk may well be on one of the first rockets himself. How much will this all cost? The total costs are unclear. But Musk thinks he may be able to charge the average person as little as half a million dollars for a round trip to Mars. You mean, half a BILLION dollars? Nope, it’s not a typo. Half a million dollars.
Time will tell how these and other organisations will fare. But, in my view, one fact is beyond question: the ambition to send a human to Mars is the right one.
The moon landing was arguably the most important achievement in the history of humanity. Putting human footprints on Mars would be an even greater accomplishment. More than any other celestial ambition, Mars promises the answers to some of our most profound questions, none more so than whether life exists elsewhere in the universe.
It was a race that got us to the moon 45 years ago. And it is this current race – this amazing race – that will help us one day get to Mars. Zahaan Bharmal works for Google and recently won Nasa’s Exceptional Public Achievement Medal for YouTube Space Lab. This article was written in a personal capacity.
OU QUERERÃO QUE CHAMEMOS A ISTO CAMPANHA ELEITORAL?
Começou a palhaçada
Sob a capa de "campanha eleitoral", iniciou, este domingo, em todo o país, o cíclico movimento nacional de autêntica palhaçada e atropelos graves às mais básicas regras de conduta cívica protagonizadas por pseudo-políticos que o destino nos proporcionou, como as imagens captadas em alguns pontos da cidade de Maputo aqui retratam.
São situações que teremos de suportar por pouco mais de seis semanas, tais como colocação de cartazes e dísticos de propaganda política em locais proibidos por lei, incluindo locais de trabalho, sinais de trânsito, desrespeito pelas regras de trânsito, insultos, mentiras, escaramuças, entre outras boçalidades.
Aparentemente, a Renamo e seu líder, até agora tidos como a segunda maior força política e candidato mais votado em Moçambique, se terão rendido aos sucessivos resultados de "pesquisas" e "projecções" que os colocam abaixo do partido Frelimo e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e respectivos candidatos, e a sua entrega na dita "campanha eleitoral" tem, até agora, sido simplesmente titubiante e tímida.
Mais visíveis e ruidosos estão, efectivamente, cartazes e simpatizantes da Frelimo e do MDM, apesar de alguns membros da Renamo convidados a comentar o actual cenário se terem refugiado na tese segundo a qual "correr não é chegar". A ver vamos, pois temos ainda 44 dias de "caça ao voto" pela frente.
Uma das mais catastróficas decisões deste ano de 2014 foi a admissão de pleno
direito, na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), da Guiné
Equatorial, país onde nem sequer um décimo da população fala português e onde,
ainda por cima, se atropelam os mais elementares direitos humanos.
Jorge
Heitor
O homem forte da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo,
conseguiu o seu intento de ser admitido como membro de pleno direito da
Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), durante uma cimeira realizada
no mês de Julho em Timor-Leste. Mas não deixa de forma alguma de ser considerado
por muitos dos seus compatriotas um autêntico ditador. A população daquela
antiga colónia espanhola na África Ocidental e a oposição democrática da mesma
têm desejado insistentemente que Teodoro Obiang se retire e acabe, de forma
pacífica, com 46 anos de terror que por ali se têm vivido, primeiro com um tio
seu, Francisco Macías Nguema, e depois com ele. Actualmente, é mesmo um dos
seus filhos, Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido por Teodorin, que tenta
arrancar-lhe a sucessão na continuidade, para que tudo continue dentro da
família, por mais de meio século. Semanas depois da sua longa visita a
Timor-Leste, lá esteve Teodoro Obiang na Casa Branca, em Washington, nos dias 5
e 6 de Agosto, para uma cimeira entre os Estados Unidos e a África. Uma vez
mais, as instâncias internacionais abriram as portas a um ditador, pessoa que
mantém na penúria 80 por cento dos seus compatriotas. As antigas potências
colonizadoras, em grande parte europeias, têm permitido que homens como o
Presidente da Guiné Equatorial continuem à frente dos seus países, porque isso
as ajuda a permanecerem activas em território africano, explorando os seus
recursos ou concretizando por lá grandes negócios. Raramente os interesses
económicos das antigas potências coloniais têm sido compatíveis com os
interesses económicos e humanos dos povos africanos, que em grande parte não
vivem muito melhor ao serem administrados por filhos seus do que o eram há 57 ou
60 anos, quando por lá tinham governadores britânicos, franceses, belgas,
portugueses ou espanhóis. Pessoas como Teodoro Obiang travam o desejo de
liberdade, de direitos humanos, de democracia e de desenvolvimento que existe na
população africana, como aliás na de outros continentes. Travam esse desejo para
benefício próprio e de grandes interesses externos, que tanto podem ter a sua
sede nos Estados Unidos como no Reino Unido, na França, na Rússia ou na
China. A Administração Obama, a União Europeia e a CPLP, entre outras
instâncias, nunca deveriam pactuar com dirigentes que permanecem 30 ou 40 anos à
frente dos respectivos povos, impedindo que muitos deles estejam ainda longe de
concretizar os sonhos de independência e de vida melhor que tiveram em meados do
século passado.
________________________________________ Com mão de
ferro
Teodoro Obiang Nguema governa com mão de ferro desde 1979, o mesmo
ano em que chegou ao poder o angolano José Eduardo dos Santos e um ano antes da
proclamação da independência do Zimbabwe, que de imediato ficou refém de Robert
Gabriel Mugabe. Desde há muito que estas três pessoas já deveriam ter passado à
reforma. Constantemente, Teodoro Obiang tem sido acusado de violações dos
direitos humanos, de torturas e do assassínio de adversários, muitas vezes
depois da passagem por cadeias que funcionam dentro dos próprios
aquartelamentos, numa subordinação da Justiça ao poder militar. Ao seu
primogénito, Teodorin, nomeou ele segundo vice-presidente, cargo que nem sequer
existe na Constituição; mas legalidade é coisa com que raramente se tem
importado, antes fazendo tudo de forma despótica, o que já lhe valeu a fama de
ser um dos mais ricos e arbitrários chefes de Estado que há no continente
africano. A Guiné Equatorial poderá ser muito bem o país da África com maior
rendimento per capita, equivalente ao do Kuwait, mas isso só é possível por o
petróleo ser muito e a população pouca, não excedendo os 700 000 habitantes,
pois que pelo menos 200 mil já se viram constrangidos a ir viver para o
estrangeiro. Nos últimos anos, graças às receitas do petróleo, o país entrou
numa espiral de construção de obras públicas que se mostram muito atractivas
para empresas de Portugal e do Brasil, de onde o fechar de olhos a que a Guiné
Equatorial não reúna de forma alguma as condições para ser de pleno direito o
nono membro efectivo da CPLP. Francisco Macías, o ditador derrubado por seu
sobrinho Teodoro Obiang em 1979, causou a morte de milhares de adversários,
encerrou roças de café e cacau, algumas das quais tinham sido propriedade de
portugueses, e chegou a proibir a pesca. Mas o actual Presidente, que já então
com ele colaborava, não se revelou uma pessoa muito melhor, só que talvez tenha
tido mais tacto para se promover internacionalmente. Teodoro Obiang era o
principal responsável militar da ilha de Bioko (outrora Fernando Pó), uma das
componentes do todo que é a Guiné Equatorial, situada entre os Camarões, São
Tomé e Príncipe e o Gabão. Várias vezes temos lido que o pequeno país vive
paralisado pelo medo, a que se juntam a ignorância e a pobreza. Havendo
petróleo, deixou de se dar qualquer importância à agricultura, pelo que a
população hoje em dia já não lavra os campos como outrora.
Uma campanha
vã
Ao longo dos anos, muita gente em Portugal foi travando o desejo da
Guiné Equatorial de passar de observador a membro de pleno direito da CPLP,
explicando aos governantes que se tratava de um país onde não se falava
correntemente português e onde se desrespeitavam os direitos humanos, mas ao fim
e ao cabo toda essa campanha de esclarecimento foi em vão. Prevaleceram os
interesses das grandes empresas que querem fazer negócios com Teodoro Obiang e
os interesses do Brasil, de Angola e de Timor-Leste, muito mais interessados em
petróleo do que em valores éticos. Nas últimas eleições legislativas, o
Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), no poder, ganhou 99 dos 100
deputados, o que diz bem que se trata de uma ditadura muito mal disfarçada, com
o alibi de estarem autorizadas diferentes forças políticas. Tudo no papel, como
o é a introdução do português como terceira língua oficial, depois do espanhol e
do francês. Um dos obstáculos que existia à adesão à CPLP era a existência da
pena de morte, mas para o ultrapassar foi decretada uma moratória. Nos tempos
mais próximos, mais ninguém será executado na Guiné Equatorial, pelo menos
oficialmente. Depois, logo se verá. É assim que funciona o sistema.
O
lavar da imagem
Verdadeiramente obcecado com o lavar da sua imagem, o
ditador tem pago a lobbies e a personalidades de diferentes países para que
consiga ser aceite em grandes instituições internacionais, tem patrocinado
prémios da UNESCO e de outras entidades, tem criado universidades no
estrangeiro, quando na própria Guiné Equatorial não existem boas instituições de
ensino. O que ele agora faria muito bem, segundo alguns dos seus
compatriotas, seria patrocinar uma Cimeira Africana da Saúde, de modo a combater
de forma eficaz o Ébola que está a matar tanta gente na Libéria, na Serra Leoa,
na Nigéria e na República Democrática do Congo, ameaçando alastrar a outros
territórios. Se Teodoro Obiang reservasse os anos que lhe restam a aplicar o
muito dinheiro indevidamente acumulado pela sua família no combate às endemias e
às pandemias da África, talvez os povos lhe conseguissem perdoar o muito mal que
tem feito ao seu próprio povo. Se destinasse a sua fortuna de multimilionário
a minorar o sofrimento de tanta gente nas Guinés, na Somália, na Eritreia e na
região dos Grandes Lagos, entre outros rincões africanos, conseguiria finalmente
redimir-se; e, quem sabe, ser perdoado por tanta arbitrariedade a que tem
presidido. Os 11 anos em que colaborou com os crimes de Macías e as décadas
que depois protagonizou como senhor todo poderoso da Guiné Equatorial só
poderiam ser devidamente "lavados, ou perdoados, se, de súbito, mudasse
radicalmente de atitude e servisse humildemente uma África que continua no pódio
do sofrimento humano.
(Este artigo vai ser publicado em Outubro de 2014 pela revista comboniana Além-Mar, que o solicitou)