segunda-feira, 28 de maio de 2012
Pela Restauração da Pátria Portuguesa
O Dia 1.º de Dezembro constitui a origem e a matriz dos Feriados Oficiais Portugueses. Se não tivesse existido o Dia 1.º de Dezembro de 1640, não haveria 10 de Junho, 5 de Outubro, 25 de Abril ou 1.º de Maio, pois a agenda dos Feriados Oficiais Portugueses coincidiria com a de Madrid.
Quanto muito, o Dia 10 de Junho seria o dia da Região Autónoma Portugal, que talvez mantivesse o título honorífico de Reino.
No corrente ano de 2011 e na segunda década do novo século, se os órgãos de soberania pretendem, coerentemente, manter a união de toda a Nação Portuguesa em torno dos pesadíssimos sacrifícios exigidos ao nosso velho Estado-Nação pela “troika” dos credores internacionais e pelo directório germano-francês, então que não atentem contra a dignidade, a identidade, a individualidade e a auto-estima de Portugal e respeitem a sua História, os seus valores, quase milenares, bem como a afirmação da Língua e da Cultura Portuguesas, que ao Dia 1.º de Dezembro de 1640 devem a sua existência.
Freitas do Amaral, Mota Amaral, José Lamego, Ribeiro e Castro e Leonardo Mathias foram alguns dos signatários desta tomada de posição, inserida num texto maior, com o qual se tentou evitar que se rasgasse do calendário o Dia da Restauração.
Egipto: "Primavera Árabe?"
Raúl M. Braga Pires, em Rabat (www.expresso.pt) 3:43 Segunda feira, 28 de maio de 2012 A confirmar-se a fraude eleitoral, trata-se de mais uma prova de que a "Primavera Árabe" nunca existiu no Egipto e aquilo a que se tem chamado de Revolução, afinal foi um Golpe d'Estado Militar, para não permitir que Gamal Mubarak sucedesse a seu pai. Google Imagens O inesperado resultado da primeira volta das presidenciais egípcias, sobretudo o facto do ex-Primeiro-Ministro Ahmed Shafiq ter sido o 2º mais votado, fez levantar de imediato as sobrancelhas, até dos mais desatentos. A explicação pode ser simples. Segundo o sítio do quotidiano egípcio o 7º dia, estes resultados foram possiveis graças a uma monumental "chapelada" eleitoral, a qual aconteceu segundo os seguintes moldes. Em primeiro lugar é preciso reter o seguinte facto, os membros das forças de segurança, quer policial, quer militar, de acordo com a lei egípcia, estão inibidos de votar. Volto a repetir, polícias e militares egípcios, estão proibidos de votar, conforme estipulado na lei. Um segundo detalhe é o facto de se votar apenas com o Bilhete de Identidade, o qual identifica a profissão de seu portador. Uns dias antes das eleições, os eleitores vão-se inscrever nas "Juntas de Freguesia" dos seus bairros, ficando registados, o que permite o cumprimento do seu direito cívico uns dias depois. Ora um oficial dos Serviços Secretos Centrais, de nome Abdul Rahman Al-Mansour Nashar, apresentou queixa na Procuradoria-Geral, contra vários colegas seus, por estarem por detrás da criação de 900.000 Bilhetes de Identidade novos/falsos, com os dados de 900.000 polícias, mas referindo profissões, que não as que exercem. De referir também que os candidatos Abdel Moneim Aboul Fotouh, Amr Mussa e Hamdeen Sabahi, já apresentaram queixa junto da Comissão Superior para a Eleição Presidencial, basedos na forma como alguns votos estão a ser contados, a forma como alguns votos entraram nas urnas, o facto de terem conhecimento da compra de votos, os quais ascendem a cerca de 100 Dólares cada, mas sobretudo, por todas as candidaturas terem visto polícias a votar. Mas vamos imaginar que os resultados apurados até ao momento são legitimos: Mohamed Morsy, 25.30%; Ahmed Shafiq, 23.74%; Hamdeen Sabahi, 21.60%; Abdel Moneim Aboul Fotouh, 17.93% e Amr Mussa, 10.97%. Não me surpreende uma bipolarização do eleitorado egípcio entre Irmandade Muçulmana e defensores do antigo regime. Aliás, a campanha de Ahmed Shafiq foi pautada pelo discurso do retorno à estabilidade e à segurança, caso seja eleito, baseado num hiper-Presidencialismo, onde o Chefe d'Estado nomeia Comissários para todos os cantos do país, os quais darão um feed-back sobre as necessidades do povo e garantirão a aplicação no terreno das directrizes emanadas do poder central. Os noticiários televisivos durante o período de campanha, não se cansaram de apresentar reportagens e notícias sobre a galopante onda de crime e a consequente crise no investimento e na economia que a mesma provoca. Em contra-ponto, a campanha d'Aboul Fotouh baseou-se na necessidade de educar as massas. Nobre, mas não cria o mesmo frisson que um bom discurso securitário. O mesmo aconteceu com Amr Mussa, cujo mote foi o emprego e a sua experiência de gabinete. Ora experiência por experiência, é natural que o povo opte por um duro, que durante a campanha se apresentou como "combatente, sufí e descendente do Profeta" e com dois caças israelitas abatidos durante a Guerra do Yom Kippur no seu curriculum, para além dos sucessos apresentados na transformação do Aeroporto Internacional do Cairo e da EgyptAir, em referências mundiais. Por outro lado, este candidato teve o voto esmagador das comunidades coptas, em pânico com a possibilidade de um Egipto dominado pelos islamistas. Mas a grande surpresa, na minha opinião, são os 21% do jovem nasserista Hamdeen Sabahi, 57 anos, Secretário-Geral do Partido Al-Karama (Dignidade). Jornalista, com a aura de ter sido oposição a Anwar Sadat e a Hosni Mubarak, sobretudo pelas políticas seguidistas face a Israel e anti-palestinianas (no caso de Sadat) na sua opinião e, das políticas agricolas, no caso de Mubarak. Estas posições valeram-lhe o cárcer no final dos anos 70. Em 2003 está com o Movimento Kefaya (Basta) e em 2010 com a Associação Nacional para a Mudança, com Muhammed Al-Baradei e Ayman Nur. No 1º aniversário da "Revolução" de Tahrir, este ano, defendeu que quem possui mais de 50 milhões de Libras Egípcias (cerca de 8.3 milhões de dólares), deverá pagar um imposto de 10% sobre esse valor. O mote da sua campanha foi "Um de nós", o que aproximou do eleitorado este natural da pequena Baltim, no Delta do Nilo, onde cresceu entre agricultores e pescadores. Por outro lado, o voto num nasserista é também ele um voto de protesto na visão exclusivista dos islamistas. O socialismo de Nasser baseia-se numa mundivisão árabe, africana e islâmica, à qual certamente o Egipto moderno terá que acrescentar o Cristianismo Copta. A confirmarem-se os resultados e a realizar-se uma segunda volta a 16 e 17 de Junho, entre Morsy e Shafiq, os egípcios irão às urnas divididos entre o ontem e o amanhã. Sendo que o ontem é representado pelo último Primeiro-Ministro de Hosni Mubarak. Curiosamente ambos Marechais da Força Aérea. A transferência de votos das outras candidaturas para Shafiq, será um teste à capacidade que os egípcios terão para engolir sapos vivos, já que certamente ninguém esperaria que um ano depois estivessem a votar um "novo-velho Egipto". Um cenário d'eleição d'Ahmad Shafiq, provocará um regresso massivo à Praça Tahrir e levará a Irmandade Muçulmana a assumir em definitivo e legitimamente o papel de vitima. Certamente que colocarão em cima da mesa a opção violência, como resposta. A opção Morsy colocará todos os ovos no mesmo cesto, já que o partido que lidera, Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, domina a Assembleia do Povo Egípcio, pelo que a 2ª volta será também um teste à inteligência dos egípcios, partindo do principio que o jogo é limpo. http://expresso.sapo.pt/maghreb--machrek=s25484#ixzz1w9qP8Muj
sábado, 26 de maio de 2012
Egipto: Shafik enfrenta Mursi
CAIRO, May 26 (Reuters) - Egyptian presidential candidate Ahmed Shafiq said on Friday he saw nothing wrong with the idea of a Muslim Brotherhood-led government, an apparent overture to the group he is set to face in next month's run-off for the presidency.
According to unofficial results from the first round of the presidential election, Shafiq, Hosni Mubarak's last prime minister, will face the Brotherhood's Mohamed Mursi in the June 16-17 vote.
The Brotherhood is trying to rally other political players to Mursi's side in a bid to defeat Shafiq, who the group has described as part of the old guard and a danger to the Egyptian revolution that swept Mubarak from power last year.
"I see no problem in the coming prime minister of Egypt being from the Freedom and Justice Party," Shafiq said during an interview with the privately owned al-Hayat television channel. (Reporting by Ahmed Tolba; writing by Tom Perry; editing by Todd Eastham)
sexta-feira, 25 de maio de 2012
As "intervenções" de Aguiar-Branco
O ministro da Defesa de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco, descartou hoje o envio de uma nova missão militar para garantir a segurança da comunidade portuguesa na Guiné Bissau. «Tivemos uma missão que visou acautelar uma eventual necessidade de evacuar a comunidade portuguesa, caso houvesse risco, e essa força já foi objeto de retração. Neste momento, não está em cima da mesa uma nova intervenção das Forças militares portuguesas», afirmou à Lusa o ministro da Defesa, que se encontra no Rio de Janeiro. Aguiar-Branco informou ainda que discutiu a situação da Guiné Bissau com o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, durante a reunião realizada nesta quinta-feira, em Brasília. LUSA "Nova intervenção"? Mas houve alguma intervenção? Ninguém deu por nada. Apenas uma enorme despesa com uns navios que foram para o mar alto e com uns aviadores que passaram umas semanas numa unidade hoteleira da ilha do Sal.
As presidenciais egípcias
The Muslim Brotherhood's candidate for Egyptian president, Mohammed Mursi, is likely to face former Prime Minister Ahmed Shafiq in a run-off vote, according to partial election results.
More than 11,000 out of 13,000 polling stations have declared results, in the first election since strongman Hosni Mubarak was overthrown last year.
Early counts put Mr Mursi on about 26% and Mr Shafiq at roughly 24%.
Partial results are subject to recounts and final results are due on 29 May.
BBC
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Departamento de Estado acusa Luanda
O Departamento de Estado americano acusou o governo angolano de ter regressado á prática de assassinatos políticos.
A acusação foi feita no relatório anual sobre direitos humanos que o departamento tem que emitir por força da lei americana.
No documento o departamento de estado afirma que os três mais importantes abusos de direitos humanos são “a falta de um processo judicial e ineficiência judicial, limites às liberdades de reunião, associação, expressão e imprensa e ainda “a redução do direito dos cidadãos a eleger representantes a todos os níveis”.
O documento refere ainda “outros abusos de direitos humanos” incluindo punições “excessivas e cruéis, incluindo a tortura e agressões bem como assassinatos ilegais pela polícia e pessoal militar”, “impunidade para os abusadores de direitos humanos”, violação dos direitos à privacidade dos cidadãos e “despejos sem compensação” entre outros.
“Ao contrário de anos anteriores houve várias noticias que o governo ou os seus agentes levaram a cabo assassinatos por motivos políticos,” diz o documento.
“Partidos da oposição, activistas de direitos humanos e meios de informação locais disseram que as forças de segurança mataram arbitrariamente pelo menos quatro pessoas” durante o ano de 2012, acrescenta o documento que afirma no entanto não haver noticias de “desaparecimentos por motivos políticos. VOZ DA AMERICA
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Notícias de Angola
Um grupo de cerca de 15 indivíduos afectos às milícias pró-governamentais, armados com pistolas, catanas e varas de ferro, atacou esta noite o núcleo de jovens que tem liderado a organização de manifestações anti-Dos Santos, desde Março de 2011.
Pouco depois das 22h00, os atacantes irromperam, de surpresa, a residência do rapper Casimiro Carbono, no Bairro Nelito Soares, em Luanda, onde se encontravam reunidos 10 jovens.
De pistolas em punho, os atacantes espancaram violentamente Gaspar Luamba, Américo Vaz, Mbanza Hamza, Tukayano Rosalino, Alexandre Dias dos Santos, Jang Nómada, Massilon Chindombe, Mabiala Kianda, e Explosivo Mental. O anfitriao, Casimiro Carbono, escapou aos ataques por ter saído pouco antes para atender a um telefonema.
Ler mais: http://makaangola.org/2012/05/milicias-pro-dos-santos-atacam/
As presidenciais egípcias
Raúl M. Braga Pires, em Rabat (www.expresso.pt) 2:38 Quarta feira, 23 de maio de 2012 O desafio nestas eleições presidenciais é não se colocarrem todos os ovos no mesmo cesto e eleger-se um candidato que contraponha o peso deste Parlamento, começando pela redacção da próxima Constituição, que definirá os poderes daquele que será agora eleito Presidente. Após um processo selectivo, no qual foram eliminadas algumas candidaturas, eis que se chega aos dias das primeiras eleições presidenciais do pós-regime Mubarak, 23 e 24 de Maio. Da dúzia de candidatos, convém reter-se sobretudo os seguintes nomes: Abdel Moneim Aboul Fotouh, candidato independente, médico, Secretário-Geral da União Médica Árabe, ex-membro do Gabinete d'Orientação da Irmandade Muçulmana (IM), tem como mote da sua campanha a educação e o facto de reservar 40% do orçamento egípcio para esta rúbrica. Pugna por um Islão moderado, tendo um discurso que tenta atingir o mainsteam egípcio e a verdade é que entre os 100.000 voluntários que tem a trabalharem na sua campanha, tem desde salafistas a laicos, passando por cristãos coptas, membros activos da IM e outros sectores da sociedade egípcia. As razões pelas quais cindiu com a IM, devem-se sobretudo a dois factores. Defende que a Irmandade não deve ter um braço político, devendo dedicar-se em exclusivo à obra social. Por outro lado, também defende que a IM deverá legalizar-se e marcar assim uma ruptura com o passado e tornar-se uma organização tranparente, sobretudo relativamente a quem é quem dentro da organização, bem como à gestão dos dinheiros. Mohamed Morsy, Secretário-Geral do Partido Justiça e Liberdade, o braço político da Irmandade Muçulmana, é o candidato desta "confraria", da qual também já foi membro do Gabinete d'Orientação. Surge em substituição do Vice-Guia Supremo da Irmandade, Mohamed Khairat Saad El-Shater, aparentemente saneado desta eleição por não ter o cadastro limpo. Sujou-o nos tempos de Mubarak e certamente que muitos dos que o meteram na cadeia desde 2007 até Março de 2011, serão os mesmos que o impediram agora de se candidatar. O mote da campanha de Morsy traduz-se por Ennahda, Renascimento, um conceito muito caro a todos aqueles que apelam a um regresso às raizes, para depois desabrocharem numa fonte de rejuvenescimento colectivo. Esta ideia da correcção, do processo de reacertar a mira, é muito querido a qualquer islamista, consciente da imperfeição do Homem e da necessidade da passagem por este processo, no caminho da "perfeição" e de uma maior proximidade entre a Criatura e o Criador. Amr Mussa, candidato independente, ex-Secretário Geral da Liga Árabe de Junho de 2001 a Junho de 2011, ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros de Hosni Mubarak de 1991 a 2001 e o homem que a 28 de Janeiro do ano passado, a Sexta-feira da Raiva, enfiou Mohamed El Baradei num chinelo, ao misturar-se com a multidão na Praça Tahrir, enquanto este falava às grandes cadeias televisivas internacionais, do conforto do jardim de sua casa, sobre as suas intenções em se candidatar a Presidente do Egipto. Baradei não chegou se quer a ser candidato. É precisamente no ponto da experiência e prestigio internacionais, que acenta o mote da campanha de Mussa, o qual também diz que conseguirá reduzir drasticamente o desemprego. Ahmed Shafik, candidato independente, Comandante da Força Aérea Egípcia e o último Primeiro-Ministro de Hosni Mubarak. Este candidato é claramente apoiado por figuras ligadas ao regime do "Último Faraó", o que levanta fortes resistências e desconfianças na população. O mote da sua campanha, neste momento de escatologia primaveril em que tudo se pode dizer, é um prático "Acções e Não Palavras!" O próximo Presidente da República Árabe do Egipto, tem que garantir três coisas aos militares do Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA). Que a paz com os israelitas não será denunciada (Acordos de Camp David), em segundo garantir aos militares que hipotéticas futuras privatizações em vários sectores da economia não farão demasiadas interferências com os seus interesses pessoais e corporativos, já que os militares controlam cerca de 40% da economia do país. Por último, que o dossiê Processo de Paz Israelo-Palestiniano continurá a ser gerido pelo Serviço Geral de Inteligência do Egipto (SGIE). O CSFA, por via das dúvidas, mantém a seguinte carta na manga. O Egipto, de momento, vive sem Constituição, pelo que aquele que virá em breve a ser eleito (2ª volta a 16 e 17 de Junho) Presidente, não faz ainda ideia de quais serão os seus poderes, nem qual será o sistema de governo, sendo que começa a ser consensual que o país rejeitará à partida um Presidencialismo rigido, como o que teve desde o Golpe d'Estado dos Oficiais Livres. Por outro lado, a Comissão da Constituinte, será constituida por 100 deputados no sentido proporcional ao peso de cada partido com assento parlamentar. Ora o Partido Justiça e Liberdade da IM e o Partido salafista Al-Noor, representam 70% da Assembleia. O que o CSFA quer evitar a todo o custo, é uma situação em que todos os ovos sejam colocados no mesmo cesto, pelo que o próximo Presidente egípcio terá de sair de um acordo entre votos, militares e o próprio candidato. Pessoalmente, aposto numa segunda volta entre Abdel Moneim Aboul Fotouh e Amr Moussa, o que também garantirá logo à partida uma outra condição fundamental para a ruptura com uma prática já consuetudinária neste país. A de o próximo Presidente ser, pela primeira vez desde 1952, civil e não militar. Ler mais: http://expresso.sapo.pt/maghreb--machrek=s25484#ixzz1vgMxYtWh
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Sarkozy repousa em Marraqueche
Mise à jour du 17 mai: Nicolas Sarkozy accompagné de son épouse Carla Bruni est arrivé mercredi 16 mai au soir à Marrakech pour une visite privée. Il devrait y séjourner jusqu'au 31 mai. Dans un entretien jeudi à l'hebdomadaire Valeurs Actuelles l'ancien ministre du Travail Xavier Bertrand déclare que Nicolas Sarkozy a "besoin de se reposer et de profiter des siens" et "fera part de ses projets" professionnels "après la rentrée".
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La passation de pouvoir achevée entre Nicolas Sarkozy et François Hollande, les Sarkozy vont d'abord partir en famille se reposer. «Carla et son époux vont souffler un peu, réfléchir à leur avenir mais aussi redécouvrir un autre rythme, sur un autre mode», souligne une source proche de l'ex-première dame de France. Carla Bruni-Sarkozy devrait également profiter de ce repos pour finaliser son prochain album, dont la sortie est annoncée pour l'automne prochain.
«Je vais m’occuper de ma fille», aurait confié l’ex-président à ses intimes. Selon un ami, il va prendre «trois mois de vacances» et préparer sa nouvelle vie professionnelle. Aucun détail officiel n'a filtré quant à la destination - la maison familiale des Bruni au Cap Nègre sur la Côte d'Azur ou l'étranger? Mais déjà des rumeurs persistantes circulent: l’ex-couple présidentiel et leur petite Giulia devraient se mettre au vert dans leur villa de maître de Marrakech acquise fin 2011.
Un «cadeau» tenu secret
A l’époque, la presse marocaine avait fait état d’une information, sans en livrer la source, qui laissait entendre que Nicolas Sarkozy avait reçu cette maison en cadeau. «Un superbe palais faisant partie du projet immobilier de luxe Amelkis à Marrakech, aurait été offert à un célèbre chef d’Etat européen», rapportait l’hebdomadaire Al Ousboue cité par Biladi.
Le «cadeau», entouré du plus grand secret, avait ainsi été dévoilé par des anonymes, mettant dans l’embarras de généreux donateurs, affirmait l’hebdomadaire marocain. Al Ousboue indiquait que c’est un riche homme d’affaires des Emirats arabes Unis qui avait offert cette luxueuse demeure à un «chef d’Etat européen à l’occasion de la naissance récente de son bébé».
SlateAfrique
domingo, 20 de maio de 2012
La prostitué de la Côte d'Ivoire
Elle ne fait pas encore le deuil de son époux disparu dans des conditions tragiques quand le président Félix Houpheit Boigny repère la « Blonde » aux yeux scintillants. Dominique, « tigresse des affaires » comprend que c’est l’occasion tant rêvée de jeter son dévolu sur les richesses du pays. Ensemble avec le vieux, elle achète et revend l’immobilier de l’Etat ivoirien. C’est lors de cette ascension, que le jeune Alassane Ouattara est appelé pour aider à reconstruire une Côte d’Ivoire malade économiquement. L’économiste, arrive, brade, et revend au prix symbolique de un franc ce qu’il peut vendre. Il initie une carte de séjour et la Côte d’Ivoire n’a plus droit de voir chez lui de pauvres immigrés africains. Encore plus gourmand, Alassane « capte » la femme de son père et commence par la coucher. Les Houphéististes sont tétanisés dans une Afrique où on ne badine pas avec la femme du chef mais sont impuissants. Dominique venait d’installer sa nouvelle philosophie au sommet de l’État. On couche avec le chef la nuit et avec le sous-chef le jour, comme cela ne frustre personne dans le monde occidental. La justice est là pour lire le droit. Faire le sexe, est un « besoin » humain. Alpha Blondy, témoin oculaire enfonce le clou : « Le mariage de M. Ouattara avec Dominique, relève d’un calcul politicien. Il prétend que Houphouët lui a donné l’ordre de prendre cette femme. Mais il a oublié que c’est parce qu’il a couché avec elle que «le Vieux» s’est fâché et la lui a cédée. » Et plus loin, le chanteur trouve son nouveau mentor comme un enfant maudit : « Je pense qu’Alassane Ouattara pouvait s’offrir toutes les filles d’Abidjan, sauf celle-là. Ce qu’il a fait, c’est comme si tu couchais avec ta propre mère. Parce que le président Houphouët était son père politique et spirituel. Et quand tu as fini de coucher avec ta mère, n’aies pas la prétention de ravir à ton père son fauteuil. Or, Ouattara a fait tout cela. C’est ce que le PDCI n’a jamais osé dénoncer aux yeux du monde. Voilà pourquoi beaucoup se sont contentés de le traiter d’étranger. Ce qui l’a d’ailleurs arrangé car il en a fait son fonds de commerce ». Et si les méthodes de Sarkozy de marier et venir reprendre la femme du marier étaient une fascination ? En bon admirateur de Sarkozy, le dioula peste, : « Des cinq meilleurs amis que j’ai au monde Nicolas Sarkozy en fait partie ». Tout est dit ! LynxTogo.Info
Bouteflika aguenta-se bem
Raúl M. Braga Pires, em Rabat (www.expresso.pt) 17:42 Sábado, 19 de maio de 2012 Uma semana após as eleições legislativas do dia 10, o debate na Argélia faz-se em torno da transparência das mesmas e respectivos resultados. Pessoalmente, não me espanta que a Frente de Libertação Nacional (FLN), do Presidente Abdelaziz Bouteflika, tenha tido a votação expressiva que teve, já que estas eleições permitiram, sobretudo, julgar a gestão que o regime efectuou da "Primavera Árabe". E se as coisas ao nivel internacional correram mal para a Argélia, fruto do apoio incondicional dado à Líbia de Kadhafi, enquanto este resistia às investidas da NATO, ao nivel interno, as coisas correram bastante bem a Bouteflika e ao seu regime. Não conseguiu evitar demonstrações violentas do descontentamento popular, mas conseguiu evitar que essas imagens passassem para o exterior. Há 2 meses, um Chefe de Polícia referia que durante o último ano foram contabilizadas 9.410 manifestações violentas em todo o território, das quais resultaram mortos e feridos (números desconhecidos). Não se pode dizer que a situação seja totalmente calma e tranquila. No entanto, logo após as quedas de Ben Ali e de Hosni Mubarak, Bouteflika aumentou os ordenados dos funcionários públicos em cerca de 10% (voltou a fazê-lo em Janeiro deste ano), bem como garantiu e aumentou as subvenções aos bens de primeira necessidade, acrescentado o açucar e o óleo vegetal à lista já existente e que continha o leite, o pão e demais legumes secos. De tal forma, que o Banco Central argelino teve que criar uma nova nota de 2.000 Dinares (a mais alta que tinha era de Mil) para poder responder aos novos compromissos assumidos. Por outro lado, a Argélia tem vindo a negociar com os Clubes de Paris e Londres, desde 2005, o pagamento da sua dívida externa, a qual é praticamente residual de momento (será inferior a 500 milhões de dolares). Em paralelo, tem optado por não recorrer aos empréstimos externos, livrando-se assim cada vez mais da tutela e controlo de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI), incentivando ao mesmo tempo o investimento nacional, de argelinos na Argélia. Do ponto de vista pessoal, o cancro no estômago de que o Presidente Bouteflika padece, tem regredido substancialmente, não se prevendo alteração de data para as presidenciais de 2014. Estes factores, juntamente com o facto de ser a face visivel da guerra contra os islamistas (1992/2002) e, da respectiva paz, colocam-no, de facto, num pico de popularidade sem precedente perante os seus. Do outro lado, sobretudo da visão e da opinião de quem se encontra no exílio, a Argélia é gerida pelo "Gabinete Negro", encabeçado pelo General Mohamed Mediène, mais conhecido por Taoufiq, o Director do Département du Renseignement et de la Securité (DRS), desde 1990, os Serviços Secretos Militares. Segundo a oposição, quer laica, quer islamista, é este Gabinete que nunca esteve sujeito ao escrutínio público, que tudo controla no país, sobretudo as decisões tomadas pelo Presidente, quer aos niveis político, quer económico. As razões apontadas por estes criticos de que um "Tsunami Popular" está prestes a acontecer na Argélia, consubstanciam-se no número de manifestações violentas contabilizadas em 2011, 9.410, no número de auto-imolações também contabilizadas o ano passado, 130, na taxa de desemprego dos jovens, a qual ultrapassa os 40%. Dois terços de uma população de mais de 37 milhões de argelinos, tem menos de 35 anos e será este o futuro de um país que há muito aguarda por uma mudança geracional e que vem sendo gerido por aquilo que se tem vindo a transformar numa gerontocracia. Abdelaziz Bouteflika, por exemplo, foi Ministro da Juventude e do Desporto em 1962. 50 anos depois, ainda mexe, tendo atingido o topo da carreira, sendo estes mesmos militares que ocupam as direcções gerais das empresas públicas, que por sua vez consomem, ou fornecem, empresas privadas criadas pelos filhos e netos. Quanto aos resultados eleitorais, de referir a escassa taxa de participação, a qual rondou os 43%, o que reforça o que ficou implicito anteriormente. Ou seja, os argelinos sabem que quem verdadeiramente governa o país é o Gabinete Negro e que os resultados eleitorais pouco importam nos planos traçados por estes para o país. Dos 462 deputados a eleger, a Frente de Libertação Nacional (FLN) conquistou 221 (mais 85 que em 2007), o Rassemblement National Démocratique (RND), elegeu 70 (mais 9 que em 2007) e a Aliança Argélia Verde (AAV), uma coligação islamista composta pelo Mouvement de la Société pour la Paix (MSP), pelo El Islah (a Reforma) e pelo Ennahda (Renascença), elegeu 47 deputados, menos 13 que o conjunto destas formações em 2007, as quais não estavam coligadas. De referir que o MSP fez parte desde 2007 até Janeiro deste ano, da chamada Aliança Presidencial, a qual constitui Governo nos últimos 5 anos e que foi formado pelo FLN, RND e MSP. O facto do MSP ter feito parte da Aliança Presidencial e ser de momento um dos grandes criticos dos resultados eleitorais, significa que se tratam de islamistas integrados no jogo político e que muito terão a perder, caso mobilizem a rua. Ou talvez não, no cenário de exclusão social descrito anteriormente, talvez seja sedutora a ideia de uma fuga para uma frente de subversão, a qual abarcará transversalmente árabes, berbéres, urbanos, rurais, pobres, remediados, mas também endinheirados, mais uma classe de inimigos criada por estes regimes, por via de constantes prejuizos nos seus negócios, pela clique de militares que comanda a economia do país. Na verdade, a grande frustração desta nova classe d'inimigos, não é o dinheiro que perdem, mas sim o que não os deixam ganhar. as guarantied and raised subventions to staple goods, adding sugar and vegetable oil to the already existing list containing milkmachrek=s25484#ixzz1vPWjpIrE
Escreve Gonçalo M. Tavares
Sobre a Europa (Os anos Pavlov e outras considerações imaginárias) - Uma dor de cabeça faz com que dês atenção à parte de cima. Por exemplo, se a Europa tem dores de cabeça, então, ela própria olha para a parte de cima dessa anatomia. Se as dores são no pé, ela olha para baixo. As dores são portanto outra forma de iluminar. Uma iluminação materialmente mais espessa, uma iluminação fisiológica, que vem de dentro e não de fora. Vês melhor aquilo que dói. Olhamos mais, reparamos mais, naquilo que dói. No fundo: aquilo que dói existe mais. Outro exemplo, há um corpo que diz: dói-me a Europa. Como se a Europa fosse um órgão ou um novo sistema circulatório. O homem que tem uma dor na Europa. Eis um belo título. Um homem que tem uma dor na Europa deve ser tratado, parece-me. Claro que há órgãos que podem ser extraídos, porém aqui talvez não. Será que podes extrair e deitar fora um órgão da Europa? Há algo que substitua as suas funções? 2. Diálogo sobre a Europa - Posso fazer-lhe uma entrevista? Ok. -Falemos de Europa? Sim. - E de Pavlov. Ok. Tudo bem. Na experiência de Pavlov os cães salivavam, primeiro só com o prato mesmo vazio, depois bastava o som dos sapatos de quem trazia a comida, depois com apenas a campainha. Enfim, uma longa aprendizagem. Não havia comida, mas o organismo e a fisiologia do cão reagiam como se houvesse. - Portanto, a questão é esta: se substituirmos um cão por um continente o que acontece? Se os procedimentos forem proporcionalmente idênticos aos procedimentos levados a cabo por Pavlov e pela sua equipa, a Europa também salivará, mesmo sem alimento à sua frente. Salivará só com o som que anuncia a entrada do alimento. E claro que podemos sempre substituir a saliva pelo medo. A Europa, quando escuta certas palavras que anunciam desgraças, começa logo a tremer, a ter medo, a assustar-se, a pôr-se debaixo da mesa da cozinha ou debaixo dos lençóis da mamã. Eis uma síntese. - Estamos portanto diante de uma experiência de Pavlov, a grande escala? Exacto. Não é necessária a desgraça em si, basta o seu anúncio. Tem os mesmos efeitos. O importante não é um acontecimento, mas sim os seus efeitos Compreendo. Por exemplo, um tremor de terra. Mesmo que não exista um tremor de terra, se nós partirmos as casas ao meio, se abrirmos buracos na rua, etc., obteremos os mesmos efeitos. Portanto, se virmos casas partidas ao meio, tectos caídos, buracos na rua, podemos concluir: houve um terramoto. Mesmo que não seja verdade. Eu diria, em suma: os efeitos são a verdade. - Os efeitos são a verdade. - O cão saliva. A Europa assusta-se e põe-se debaixo da mesa. Exacto. Poderemos designar este período como Os Anos Pavlov da Europa. É um belíssimo nome. Ou talvez melhor A DÉCADA PAVLOV da EUROPA. A questão é esta: em vez de colocares um único cão a salivar sem alimento à sua frente, só por causa do toque da campainha… condicionamento clássico…colocas milhões com medo também só com o toque da campainha. - Mas pode um continente comportar-se como um cão? - Pode. Gonçalo M. Tavares
Sarkozy e o Comité Judaico Americano
... Les représentants de la communauté juive française, c’est bien ; les réseaux sionistes américains, c’est mieux, beaucoup mieux. Plus puissants, bien rodés, très actifs, ils peuvent contribuer à façonner l’opinion et contrôler le discours public. Une politique peut être menée à son terme ou stoppée net, en fonction de l’appui ou de la condamnation que leur apportent ces organismes. L’épais ouvrage que les deux universitaires américains Mearscheimer et Walt leur ont consacré a démontré de manière implacable leur capacité de mobilisation et le rôle déterminant qu’ils jouèrent dans la politique américaine au Moyen-Orient, lors de l’invasion de l’Irak, de la confrontation avec l’Iran et la Syrie et dans la guerre au Liban, en juillet 2006. Le soutien de ce lobby (ici, le mot trouve sa pleine justification) peut s’avérer décisif pour un homme ambitieux à la conquête du pouvoir, même s’il n’est pas de nationalité américaine. Bien avant d’être élu président, Sarkozy choisit ainsi de faire cause commune avec eux. Selon Le Monde, le « contact entre M. Sarkozy (NdA : alors ministre de l’Intérieur) et l’AJC (NdA : l’American Jewish Committee, le Comité juif américain, fondé en 1906) s’est établi en octobre 2003, quand il a reçu une délégation de cette organisation américaine, venue lui demander ce que le gouvernement français faisait contre l’antisémitisme ». Avait-il déjà en tête la présidentielle de 2007 ? C’est plus que probable. Pour le CRIF, l’AJC est « l’une des organisations américaines les plus importantes ». Selon les propres mots de l’AJC, fort de « plus de 125 000membres et amis » et possédant « des bureaux dans trente-trois États des États-Unis et huit bureaux dans le reste du monde, dont six en Europe (Paris, Berlin, Bruxelles, Genève, Rome et Varsovie), cet organisme dispose d’une grande influence sur la scène internationale ». L’un des buts principaux de cette organisation est de défendre Israël et de lutter contre l’antisémitisme. Pour ses adversaires, il s’agit d’un « lobby qui n’est ni juif, ni américain, en ce qu’il ne sert ni les intérêts des Juifs en général, ni ceux des Américains, ni ceux des Américains juifs, mais uniquement la politique de l’axe gouvernemental américano-israélien ». Ce qui reste certain, c’est qu’il a, de son propre aveu, un grand pouvoir, et pas seulement sur le territoire américain puisqu’il se pique de peser sur le sort de la communauté juive dans les pays d’Europe, dont celle de la France. En 2003, l’AJC mena une rude campagne contre l’antisémitisme en Europe : « Israël a été largement dépeint en Europe comme un “ agresseur ” qui “ foule aux pieds ” les droits des Palestiniens “ opprimés ” et “ sans État ” », se plaignait alors David A. Harris, son directeur exécutif. « Cette attitude est devenue d’une certaine manière une nouvelle forme d’antisémitisme». Il ciblait particulièrement la France : « En réalité, la France a manqué à ses responsabilités d’assurer la protection de ses citoyens de l’automne 2000 à l’été 2002 ». Harris s’était beaucoup impliqué dans le passé pour soutenir la cause des juifs en Union soviétique ; il était aussi l’un de ceux qui avaient le plus combattu la résolution antisioniste adoptée par l’ONU en 1975. Le président Chirac récusa avec fermeté ses accusations contre notre pays. Il se rendit en force aux États-Unis. Accompagné de Simone Veil, membre du Conseil constitutionnel et ancien ministre, d’Ady Steg, président de l’Alliance israélite universelle, de Roger Cukierman, président du CRIF et de David de Rothschild, président du Fonds social juif unifié (FSJU), il rencontra, au consulat général de France, à New York, les représentants de la communauté juive américaine et leur assura que la France n’était pas un pays antisémite, jugeant cette accusation « injuste ». Loin de tenir grief à l’AJC des propos peu amènes qu’il avait proférés contre la France, Nicolas Sarkozy, en avril 2004 (à peine nommé ministre de l’Économie, des Finances et de l’Industrie dans le troisième gouvernement Raffarin), se rendit à Washington pour un déjeuner donné en son honneur par cet organisme. Ce repas était un signe d’élection, à tout le moins. ... ... Paul-Éric Blanrue
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Os dramas da Costa do Marfim
Les commentaires des spécialistes africanistes qui évoquent le double axe Côte d’Ivoire/Nigéria Côte d’Ivoire/Burkina Faso au sein de la CEDEAO prêteraient à sourire si le peuple ivoirien ne continuait de vivre un cauchemar. La Côte d’Ivoire est un pays dont l’ensemble des cadres de l’ancienne majorité présidentielle, qui représente la moitié de l’électorat, sont en prison ou en exil. Gui Labertit, amigo socialista francês do antigo Presidente marfinense Laurent Gbagbo
quarta-feira, 16 de maio de 2012
A loira Dominique Ouattara
Escrito por Jorge Heitor e publicado pelo Correio da Manhã, em Maputo, no mês de Janeiro de 2011:
As hostes de Alassane Dramane Ouattara, de há muito candidato do FMI à presidência da República da Costa do Marfim, propôs agora a formação de um Governo de União Nacional com pessoal do Presidente cessante, Laurent Gbagbo.
Um pouco à semelhança do que já se verificou no Quénia e no Zimbabué, só que desta vez o Presidente cessante não se conseguiria manter em funções, ao contrário do que aconteceu com Mwai Kibaki e Robert Gabriel Mugabe.
O candidato liberal que a França, a União Europeia, os Estados Unidos, o Canadá e a ONU dizem ter ganho a segunda volta das presidenciais marfinenses, no dia 28 de Novembro, graças ao apoio do antigo Presidente Henri Konan Bedié, encontra-se disposto a trabalhar com os colaboradores do historiador socialista Gbagbo, desde que este não fique à frente do Estado.
Tendo visto que não lhe era fácil tomar as instalações da televisão nem avançar para a sede do Governo, apesar de todo o apoio de Paris e Washington, Ouattara começou a transigir e a tentar o compromisso.
Desde que ele próprio seja reconhecido por Gbagbo como seu sucessor, coisa que o amigo de Roland Dumas e de Jack Lang continua a rejeitar.
A seu lado, na ambição de há muito acalentada de dirigir a Costa do Marfim, com o apoio do FMI, no qual já ocupou uma posição destacada, o economista liberal Alassane Dramane Ouattara tem uma “pomba branca” (uma espécie de Espírito Santo): sua mulher, a bela Dominique Nouvian, directora da Agência Internacional de Comercialização Imobiliária.
É esta instituição, a AICI, que gere o património imobiliário deixado por dois dos dinossauros africanos: o marfinense Félix Houphouët-Boigny e o gabonês Omar Bongo.
Ouattara, de 69 anos, é também um dos clientes da agência da sua loira esposa, uma francesa da Argélia, de origem sefardita; e o matrimónio entre estes dois grandes interesses verificou-se a 24 de Agosto de 1991, no décimo sexto bairro de Paris, sendo oficiante o “maire”... Nicolas Sarkozy.
A determinada e branca Dominique, com actividade em sítios tão diversos como Cannes e Libreville, adquiriu nos Estados Unidos a marca Jacques Dessange, para se entreter um pouco mais, enquanto o marido tinha assento na administração do Fundo Monetário Internacional.
Entretanto, mulher de múltiplos talentos, tem a Rádio Nostalgie e a Children of Africa, esta última fundação em parceria com a princesa Ira de Fürstenberg. “Gente fina é outra coisa!
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Oração de indígenas da América Latina
Oh! Grande Espírito,
Cuja voz ouço nos ventos, e cujo alento dá origem a toda a vida.
Ouve-me, sou pequeno e fraco, necessito de Tua força e sabedoria.
Deixa-me andar na beleza,
Faz meus olhos contemplarem sempre o vermelho e o púrpura do Pôr do Sol.
Faz com que minhas mãos respeitem as coisas que criastes,
e que meus ouvidos sejam aguçados para ouvir a Tua voz.
Faz-me sábio para que eu possa compreender as coisas que ensinaste ao meu povo.
Deixa-me aprender as lições que escondeste em cada folha, em cada rocha.
Busco força. Não para ser maior que o meu irmão,
mas para vencer o maior inimigo, eu mesmo.
Faz-me sempre pronto para chegar a Ti,
com as mãos limpas e olhar firme, a fim de que quando a vida se apague,
como se apaga o poente, o meu espírito possa chegar a Ti sem se envergonhar.
Que possas vir pela água, pelo vento,
caminhos limpos ou cheios de folhas de outono.
Mas que, de qualquer modo, venhas, e que se cumpram
todas as profecias dos deuses e deusas que um dia nos conheceram.
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