Necessitando um doente da Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Egas Moniz de apresentar ao médio de família uma nota do fisiatra para saber se deve ou não continuar de baixa ou se tem condições para regressar ao trabalho, pediram-lhe que preenchesse determinados papéis e que entregasse cópia do cartão de cidadão.
Depois, que esperasse cerca de um mês para obter a cartinha do fisiatra para o médico de família...
Não haveria qualquer necessidade de tanta burocracia.
Bastava que o fisiatra lhe escrevesse meia dúzia de linhas num papel, para levar ao médico de família.
Para quê telefonemas, trocas de e'mail, idas ao hospital, espera de semanas, por uma coisa tão simples, para se conseguir uma folha de papel com a opinião de um médico para outro.
Verdadeiramente inacreditável, kafkiano.
Gastar papel, tinta, ocupar tempo de funcionários, de serviços vários, em vez de se dizer ao doente passe por aqui amanhã que o senhor doutor passa-lhe a carta para o colega.
É de loucos. Nada, nada simples. Nada simplex.
4 de Dezembro de 2014 Jorge Heitor
Semana a semana vão surgindo os sinais de que estamos cada vez pior. Hoje é o Expresso que divulga quanto a inflação está a roubar aos funcionários públicos, com os professores e muitos outros a perderem mais de 12 por cento do seu salário nos últimos oito anos.
Não se sabe onde é que isto vai parar. Portugal não para de piorar desde 1999 para cá. Há que dizer basta. Há que gritar até que a voz nos doa. Não se pode mais viver assim.
Isto é demais!
Jorge Heitor 19 de Janeiro de 2008
A forma de cantar do Baixo Alentejo, no Sul de Portugal, é uma das coisas mais interessantes que se podem encontrar na Península Ibérica. Para a ouvir, para apreciar essa expressão artística, vale a pena ir a Cuba, à Vidigueira, a Serpa, a Castro Verde ou aos demais concelhos do distrito de Beja.
Jorge Heitor
O cante alentejano, classificado em Novembro pela UNESCO como Património da Humanidade, vai ser um dos temas centrais da feira Ovibeja 2015, agendada para Beja, entre 29 de abril e 3 de maio de 2015. Coloque isto na sua agenda.
A forma tão particular de se cantar nas terras do Baixo Alentejo, desde o Alvito até Almodôvar, em grupos, normalmente masculinos, foi consagrada pela Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO), que já antes, nos últimos anos, consagrara o fado como um dos patrimónios imateriais da Humanidade.
Trata-se, assim, de dar mais um impulso ao turismo no Alentejo, tanto o Alto como o Baixo, desde o Fluviário de Mora às praias do concelho de Odemira, que se prolongam pelas da Costa Vicentina, já no Algarve.
Foi no Alentejo que José Afonso se inspirou para escrever Grândola, Vila Morena, o grande hino do 25 de Abril de 1974, quando Portugal se resolveu enfim a reconhecer o direito dos povos africanos à autodeterminação e à independência.
É no Alentejo, no concelho do Redondo, que nasceram e foram criados os grandes músicos Vitorino e Janita Salomé, dos melhores que tem havido em Portugal neste último meio século, desde que José Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho começaram a dar uma nova forma, mais interventiva, ao modo de se cantar em Portugal.
O cante é uma das riquezas da terra portuguesa, que tem muitos problemas, mas que sabe ser atraente para quem a visita, desde o Minho até aos Açores e à Madeira, passando pelo Porto e por Lisboa.
Portugal é um pequeno país da Europa Ocidental, mas tem muito para ver; razão pela qual atrai tantos espanhóis, franceses, italianos, britânicos, alemães e visitantes de outras nacionalidades, bem como fortes investimentos angolanos e chineses.
A Sé de Braga, a Penha de Guimarães, a bacia do rio Douro, as caves de Vinho do Porto, em Gaia, a Serra da Estrela, com neve no Inverno, a cidade de Lisboa, as igrejas góticas de Santarém, o Convento de Cristo, em Tomar, e todo o Alentejo são motivos mais do que suficientes para qualquer pessoa que o possa fazer se decidir a passar férias em Portugal, onde se come bem e bebe bom vinho.
Desde os verdes do Minho aos tintos do Cartaxo, aos brancos de Bucelas e aos alentejanos de Borba e de Reguengos, são muitos os vinhos de que se pode desfrutar em Portugal, para acompanhar um bom peixe grelhado, um cozido ou uma dobrada com feijão branco.
Quer seja na Primavera ou noutra época do ano, pode-se alugar um carro e ir à aventura, por aí fora, desde o rio Minho ao Guadiana, enchendo os olhos de paisagem e percorrendo as cidades, vilas e aldeias, de modo a procurar entender o encanto de cada uma delas.
Depois, ou noutra ocasião, tomar um voo e ir até às ilhas dos Açores e da Madeira, conhecer o imponente Pico, a verde São Miguel, a vasta praia de Porto Santo e as restantes belezas dessas regiões autónomas.
Venha, estamos à sua espera!
28 de Novembro de 1014
Depuis 60 ans, il refaisait chaque année les écritures en Hébreu sur les tombes de ses amis Juifs
il s'appelait Lahcen, il est amazigh musulman et habitait Arazan, un petit village à quelque km de taroudant ... dans le Sud Marocain ...
Un jour d'hiver, au début des années 50, son ami Moshé, un juif marocain et sa famille ont été obligés de partir en Israël... alors, il demande à son ami, Lahcen, de s'occuper des tombes de ses ancêtres ... Lahcen, lui a promis de le faire ... et pendant plus de 60 ans, chaque début d'année, Lahcen nettoyait les tombes des ancêtres de son ami Juif ... et malgré ses maigres ressources, chaque début d'année, Lahcen achetait une petite boite de peinture noire et refaisait les écritures sur les tombes ... en Hébreu ... alors qu'il n'a jamais été à l'école ...
Quand quelqu'un s'aventurait à lui dire qu'il était vieux, et qu'il avait déjà assez fait pour honorer sa promesse ... il se mettait en colère .. et répondait : "une promesse est une promesse" .. et ajoutait : " je continuerai à faire ce que j'ai à faire ... jusqu'au retour de Mon ami Moshé ... ou jusqu'à ma mort" ...
Merci Dda Lahcen pour cet extraordinaire exemple de fraternité humaine ... et Merci d'avoir perpétué la tradition humaniste amazighe ... spéciale pour cette Afrique nord bénie des Dieux ... Tanemirt nek!
O primeiro lugar das eleições moçambicanas para a Presidência da República, a Assembleia da República e as assembleias provinciais foi, claramente, para quem tinha mais hipóteses, pois que já se encontrava no poder, dominando o aparelho de Estado e os órgãos estatais de comunicação social. Mas o processo deixou muito a desejar.
Jorge Heitor
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), de Eduardo Mondlane, Samora Machel, Joaquim Chissano e Armando Emílio Guebuza, ganhou as eleições gerais de 15 de Outubro, pelo que vai ficar com o maior número de deputados e com um dos seus homens, Filipe Jacinto Nyusi, na Presidência da República. Nem outra coisa seria de esperar, sabendo nós como são as coisas na generalidade da África Austral, onde nos últimos 20 anos não tem havido na maior parte dos países qualquer alternância no poder. Nem na África do Sul, nem em Angola, nem na Namíbia, nem no Zimbabwe. Também é claro que a segunda força política, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), contestou os resultados, como já vem sendo habitual, falando de fraude e de manipulação. Já fora assim há cinco, há 10, há 15 anos. Contestar, fazer muito alarido e depois, acabar por aceitar, ao fim de algumas semanas ou meses. Quanto ao terceiro grupo existente, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), bem mais recente do que os outros dois, ainda não teve quaisquer hipóteses de se aproximar da força dos outros dois. Contentou-se com a representação de uma franja menor do eleitorado, sem qualquer possibilidade de levar à chefia do Estado o seu líder, Daviz Simango, que dirige o município da Beira, tradicionalmente o segundo do país, em importância.
Uma paz frágil
O mais recente acordo de paz não tinha sequer dois meses. Os meios oficiais de comunicação social eram claramente favoráveis à Frelimo. Nada ainda estava nem está solidificado. Teme-se, hoje como há dois ou três meses, o regresso à violência. Mais de dez milhões de moçambicanos foram chamados a escolher um novo Presidente da República, 250 deputados e 811 membros das assembleias provinciais. Ao escrutínio concorreram três candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos políticos. O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, sempre tão polémico, tão controverso, garantiu que não iria recorrer à violência, depois destas eleições gerais de Outubro, e manifestou-se disposto a negociar com a Frelimo, que está no poder desde que foi proclamada a independência, em 1975. A Renamo foi pela primeira vez maioritária na cidade de Nampula, tradicionalmente a terceira de Moçambique, capital da província do mesmo nome, e reivindicou a vitória em todos os círculos eleitorais do centro e norte do país, bem como uma votação muito expressiva na região sul. Como tal, não reconheceu os resultados que ao longo da primeira semana após a ida às urnas foram sendo divulgados pela comissão eleitoral moçambicana.
Repetição das eleições?
Chegou-se a admitir que o chamado "partido da perdiz" desejasse a repetição das eleições, ou então a constituição de um Governo de Unidade Nacional (GUN), com Filipe Nyusi na Presidência da República e Afonso Dhlakama como vice-presidente, situação que implicaria uma “mexida” na actual Constituição. “Não é preciso violência”, declarou o líder da Renamo, em conferência de imprensa, recusando que lhe chamassem belicista: “Não vou andar aí aos tiros”. O presidente do maior partido da oposição considerou que as eleições gerais foram uma “fantochada”, mas manifestou disponibilidade para dar prioridade ao diálogo “com os irmãos do Governo de Moçambique”. Só que, os dias foram passando e os resultados totais tardavam em ser divulgados, numa prática muito pouco de acordo com o que normalmente acontece em países mais desenvolvidos. Se em Portugal, Espanha ou França se conhecem normalmente todos os resultados de um acto eleitoral 24 horas depois do fecho das urnas, em Moçambique ainda é necessário esperar muito mais de 10 dias para se saber ao certo quais as percentagens que foram obtidas por cada uma das listas. “Não estamos preocupados com a propaganda na rádio e na televisão, onde aparecem pessoas a dar os parabéns a Nyusi. Isso é propaganda barata”, declarou Dhlakama, que acusou “alguns estrangeiros” de “vergonhosamente” terem declarado as eleições livres e transparentes, apontando o caso da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
"Clube de amizade"
“Isto é extremamente perigoso. O nosso continente é conhecido por dirigentes corruptos, ladrões, criminosos”, afirmou Dhlakama, referindo-se a “um clube de amizade” dos velhos partidos que “não querem abandonar o poder”. Alegação que abrangeria, para além da Frelimo, o MPLA, o ANC, a SWAPO e a ZANU-Frente Patriótica. No seu entender, seria necessária acabar com a ideia de que “há uma democracia para os europeus e para os americanos e (outra) para os indígenas africanos”. O líder da Renamo perguntou quantos milhares de pessoas não votaram por falta de cadernos eleitorais, mencionou assembleias de voto que só abriram depois das 12h00 e outras que que encerraram quando ainda havia filas de eleitores. Dhlakama referiu ainda a descoberta de urnas previamente preenchidas com votos a favor do seu adversário da Frelimo, na Beira, Ilha de Moçambique e também em Quelimane e na província de Tete: “Estas são as quintas eleições com fraudes em Moçambique”.
Alguns dados novos
Há novos actos de violência em perspectiva, mas também há outras novidades no Moçambique de hoje em relação ao de há uma década. Em pouco mais d cinco anos de existência, por exemplo, o MDM, além de estar a cimentar a sua posição no parlamento, onde fica com algumas dezenas de lugares, já governa quatro municípios, nomeadamente Beira, Quelimane, Gúruè e Nampula. Claro que não se vai voltar à guerra civil de 1976/1992; não há condições para isso. Mas a oposição fará agora com que a Frelimo tenha de suar muito mais se na próxima ida às urnas, em eleições gerais, desejar garantir mais de 50 por cento dos votos que vierem a ser expressos. Lembre-se, aliás, que uma boa metade do eleitorado se absteve no dia 15 de Outubro, recaindo nessa metade abstencionista muitas das incógnitas quanto ao futuro. Será que alguém irá conseguir mobilizar quem até agora não se tem dado ao trabalho de votar? O povo moçambicano mostra-se algo cansado de 40 anos com a Frelimo no poder e, pouco a pouco, começa a tirar-lhe o tapete, dando a entender que a médio prazo se possa caminhar para uma rotatividade. O partido que foi de Eduardo Mondlane e de Samora Machel é agora o elo mais fraco de uma vasta família na qual se inserem as forças dirigentes de Angola, da África do Sul, da Namíbia e do Zimbabwe.
A complacência dos observadores
Segundo os observadores internacionais, sempre tão complacentes, o escrutínio decorreu na calma, sem incidentes de maior, apesar das fogueiras, dos tiros e dos actos de vandalismo, que se toleram na África mas nunca seriam admissíveis na Escócia, na Catalunha ou na Córsega. São critérios, como se houvesse dois pesos e duas medidas. Desde que não haja um número significativo de mortos ou que as fraudes não sejam excessivamente gritantes, a comunidade internacional fecha os olhos e já se considera satisfeita com uma relativa democraticidade do processo. Nunca se vai pedir a um país com 20 anos de multipartidarismo que apresente um sistema eleitoral tão perfeito como o daqueles que há 50 anos se efectuavam regularmente eleições. Há sempre uma certa tolerância em relação a dados que possam estar viciados. Ao fim e ao cabo, o que mais interessa aos investidores internacionais é que Moçambique possua importantes reservas de gás natural, tanto se lhe dando que o país continue nas mãos da Frelimo ou que passe para as da Renamo, a velha guerrilha que nos primeiros anos de existência foi apadrinhada pelo regime do apartheid e pela Frente Rodesiana de Ian Smith. Isso são contos muito antigos, de que já ninguém gosta de ouvir falar. São coisas de há trinta e tal anos!
Angola não espera
Sem esperar que a contagem chegasse ao fim, o chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, felicitou Filipe Nyusi pelo resultado eleitoral que o candidato e a Frelimo alcançaram, dizendo que "testemunha, de forma inequívoca, a vontade do povo moçambicano a favor da continuidade governativa, em prol da Paz, tolerância, estabilidade, desenvolvimento e progresso económico e social". Foi como que um respirar de alívio, da parte de Luanda, o saber que em Moçambique ainda continua na mó de cima, apesar de tudo, o partido que lutou de armas na mão para alcançar a independência. A Angola não lhe agradaria mesmo nada começar a perder aliados, como aconteceu há dois anos e meio, quando os militares da Guiné-Bissau deram um golpe de estado, impedindo que fosse eleito Presidente da República o então líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior. Enquanto isso, a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia manifestava preocupação com os atrasos no apuramento dos resultados: "Os prazos legais para o anúncio dos resultados distritais e provinciais, respetivamente dois e cinco dias após a jornada eleitoral, não foram, na sua maioria, cumpridos". Para que não se dissesse que os observadores só tinham ido a Moçambique fazer uma certa espécie de turismo, a missão considerou que os diversos "incidentes, durante o processo de apuramento, aliados à ausência de uma explicação oficial pública sobre estas dificuldades, deterioram o que tinha sido um início ordeiro da jornada eleitoral".
A church-going mother who was accused of trolling Madeleine McCann’s parents has been found dead in a hotel room.
Brenda Leyland, 63, was found dead at a Marriott hotel on Saturday around 15 miles from her immaculately kept village home.
Police said the death was not being treated as suspicious.
Divorcee Mrs Leyland had been identified as one of a number of online ‘trolls’ posting a series of abusive comments about Kate and Gerry McCann, by Sky News last Thursday.
She told a reporter who confronted her that she had been ‘entitled’ to make the comments using her Twitter identity @Sweepyface.
Yesterday, her son, Ben, 20, who is said to be studying law in Los Angeles, posted the following brief tribute: ‘I love you mum and I will miss you forever’. His friends then began passing on their condolences on the site.
Last night, neighbours of Mrs Leyland, who had continued using her married name, told of their shock at her death.
One said: ‘Brenda kept herself very much to herself, but people were surprised when she was accused of trolling the McCanns. You don’t expect something that like around here. It’s a very quiet place.
‘But the village will be shocked by this news. I’m sure no-one would have expected her to do something like this. People didn’t condone what she is said to have done, but it is obviously very sad when anybody is found dead.’
Burton Overy was mentioned in the Domesday Book and is just 15 miles from the McCanns’ home in Rothley, Leicestershire.
Mrs Leyland, who was educated at a convent school and studied at Goldsmiths, University of London, is among a group of hate-filled critics of Kate and Gerry McCann who have posted hundreds of vile messages about the couple online.
The trollers wrongly believe the McCanns were involved in their daughter’s disappearance.
Among the many comments attributed to Mrs Leyland on Twitter was one that said: ‘Q ‘how long must the Mccanns suffer’ answer ‘for the rest of their miserable lives’.’
On Friday, the day after her interview was broadcast, she disappeared from her home Leicestershire, neighbours said.
Sky News said today in a statement: 'We were saddened to hear of the death of Brenda Leyland. It would be inappropriate to speculate or comment further at this time.'
Last week the father of Madeleine McCann called for an example to be made of ‘vile’ internet trolls who have been targeting the family.
Gerry McCann said he had ‘grave concerns’ about letting his nine-year-old twins use the internet after threats of violence and kidnapping.
The comments, in an interview with the BBC Radio 4 Today programme, came after it emerged that police are looking at a dossier of abuse posted on Twitter, Facebook and chat forums.
Romance sobre os dias da guerra colonial em Moçambique
25-07-2006
António Rodrigo Garcia Barreto era um oficial miliciano que em 1970 foi destacado para Moçambique, a fim de servir no corpo expedicionário que nesse território era comandado pelo general Kaúlza de Arriaga. Anos depois, romanceou esse tempo, no livro À Sombra das Acácias Vermelhas, vindo agora a público na colecção Guerra Colonial, de uma editora que já nos deu obras de Alexandre Marta, Isabel Perdigão, Rogério Carvalho e Eduardo Brito Aranha, para que os portugueses não esqueçam a sua História recente, que entre 1961 e 1974 os fez andar a combater em solo africano. Os barcos que da Rocha do Conde d’Óbidos, em Lisboa, rumavam a Bissau, Luanda ou Lourenço Marques, pejados de homens que por vezes nem sequer regressavam ou que vinham de lá mutilados; as cervejas inesgotáveis; os bares de engate; a força das trovoadas. De tudo isso nos fala Garcia Barreto, que desde 1973 tem vindo a ser distinguido pela sua arte narrativa, designadamente a destinada a jovens, como Rubens e a Companhia do Espanto em O Caso da Mitra Desaparecida. Mesmo sem ser uma figura da vanguarda literária, ele descreve muito bem aquele ambiente dos “soldados à deriva de si próprios”, rapazes de 21 a 23 anos que tinham de passar uma parte importante da sua vida metidos no mato ou a fazer filhos mestiços, em vez de singrarem nas suas carreiras profissionais ou irem conhecer melhor as províncias onde tinham nascido. Fala-nos das “crianças nuas de barrigas inchadas” e das “mamanas negras que vendiam fruta num improvisado mercado indígena”. Foi essa a escola, a experiência, de muitos milhares de portugueses que hoje andam pelos 57/60 anos e que têm dificuldade de se reconhecer nos novos tempos, repletos de informática e de notícias de outras guerras, no Iraque, no Afeganistão e noutras paragens de que na sua juventude quase nunca tinham ouvido falar. Foi o drama daqueles que, ao regressarem, sãos ou estropiados, já não encontraram à sua espera a pessoa com quem tinham pensado fazer uma vida em comum, mas que entretanto se deixara ir nos braços de outro parceiro, mais palpável do que quem, durante 48 meses, se encontrava desterrado a milhares de quilómetros. Por isso, para que a memória persista e o país saiba quem na realidade é, na sua experiência traumática dos anos de 1960 e 1970, é bom que existam pessoas como este António Rodrigo, natural da Amadora, licenciado em História por uma Faculdade lisboeta onde existe a estátua de D. Pedro V, que morreu aos 24 anos, sem descendência, como tantos dos jovens que um dia saíram da foz do Tejo, para aquartelamentos distantes. J.H. 25 de Fevereiro de 2006
Título: À Sombra das Acácias Vermelhas Autor: António Garcia Barreto Editor: Roma Págs.142 Preço: 11€ Jorge Heitor http://blog.comunidades.net/heitor/index.php?op=arquivo&idtopico=109730
Não é a simples saída de Indjai que resolve os problemas da
Guiné-Bissau
Jorge Heitor
Claro que foi muito bom saber que o
general golpista António Indjai tinha deixado de ser esta semana Chefe do
Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, mas a sua simples
exoneração, e substituição pelo brigadeiro Biaguê Nan Tan, não resolve os
múltiplos e antiquíssimos problemas do país. Os antigos Combatentes da
Liberdade da Pátria têm sido um empecilho para uma Guiné-Bissau inteiramente
nova, que nada tenha a ver com as questiúnculas do tempo em que foi gerada e das
suas primeiras décadas como país independente. Sendo o brigadeiro general
Biaguê Nan Tan um antigo vice-chefe do Estado-Maior do Exército, que entretanto
passara efemeramente por chefe da Casa Militar do Presidente José Mário Vaz, não
é de forma alguma uma personalidade alheia à oficialidade que nestes últimos
anos tem estado na mó de cima, sempre pronta a interferir nos assuntos
políticos. Antigo Combatente da Liberdade da Pátria, portanto pessoa que há
umas boas quatro décadas anda fardada, de armas na mão, não representa de forma
alguma o sangue novo do que o país precisaria; uma classe castrense que fosse
altamente profissionalizada e que não eivasse dos vícios que tanto prejuízo têm
causado aos guineenses. Chefe das brigadas operacionais das Alfândegas quando
o actual Presidente, José Mário Vaz, era ministro das Finanças, o brigadeiro
general Biaguê Nan Tan não será o oficial impoluto, relativamente jovem, de que
o seu país precisaria para dar uma grande reviravolta nas estruturas militares,
que se encontram absolutamente caducas. Ao escolher um amigo, e um homem da
etnia balanta, maioritária, o Presidente da República terá julgado proceder bem,
mas é ainda muito cedo para se dizer se o escolhido tem condições para ficar
muito tempo no cargo, antes de que a médio prazo surja uma daquelas intentonas
em que a Guiné-Bissau é tão pródiga. Antes de optar por este elemento da
velha guarda, de uma velhíssima guarda que vem dos idos de 1973 e 1974, José
Mário Vaz ouviu um Conselho de Defesa em que pontificam figuras tão pouco
recomendáveis como o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Papá Camará,
cujo lugar deveria ser talvez atrás das grades, uma vez que já foi acusado a
nível internacional de se encontrar implicado no narcotráfico. Outro dos
homens com assento no Conselho da Defesa é o vice-chefe do Estado-Maior General
das Forças Armadas, general Mamadu Turé, "Nkrumah", tal como Papá Camará alvo de
sanções da União Europeia, por ao longo dos anos não ter sabido respeitar o
poder civil, mas antes alinhado em conjuras e em manobras golpistas. Por tudo
isto e por muito mais é que não deito foguetes quando leio que o general António
Indjai foi finalmente exonerado da chefia do Estado-Maior General das Forças
Armadas guineenses para dar o lugar a outro oficial general balanta, que não é
jovem nem nos dá grandes garantias de se comportar de uma forma substancialmente
diferente da de um qualquer Papá Camará, Mamadu Touré ou Daba Na Walna. Para
se salvar, a Guiné-Bissau precisa de reformas muito mais profundas, de há muito
prometidas e de há muito adiadas. Esperemos que o Presidente José Mário Vaz e o
primeiro-ministro Domingos Simões Pereira ainda tenham a oportunidade de as
promover, antes de que novos Indjais se lhes atravessem no caminho.
Mozambique rivals Dhlakama and Guebuza sign peace
deal
The two men warmly embraced after signing the peace
deal
Mozambican President Arnando Guebuza
has signed a peace deal with ex-rebel leader Afonso Dhlakama, who on Thursday
emerged from two years in hiding.
President Guebuza hailed the deal to end a low-level insurgency as "a very
important day for our people".
Mr Dhlakama agreed but also accused the government of "intolerance", the AFP
news agency reports.
The head of Renamo, which fought a 1975-1992 civil war, says he will contest
next month's elections.
Afonso Dhlakama said he wanted to end the "one-party
state" in Mozambique
Frelimo and Renamo fought a bitter 15-year civil
war
Despite recent progress, many Mozambicans remain
stuck in poverty
He has contested every poll since the civil war ended but has always
lost.
Mr Dhlakama flew into the capital Maputo on Thursday accompanied by
diplomats, after a deal to end the conflict was agreed last month.
After signing the deal, he said he hoped it "can bring to an end the
one-party state", AFP reports.
"After the beautiful dream of two decades ago when peace seemed to be for
always, we saw a systematic concentration of power in the hands of those in
power... many are in this room," he said, drawing gasps and mutters from the
audience, according to AFP.
The Renamo leader went into hiding in October 2012, after accusing the
government of breaking the terms of the 1992 peace deal.
The conflict threatened the economic progress Mozambique had made in recent
years.
Presidential and parliamentary elections are due on 15 October.
Mr Guebuza is stepping down after serving two terms and former Defence
Minister Felipe Nyusi will be the candidate of the governing Frelimo party. BBC
Desde o seu surgimento como estado, Portugal lutou muito para existir, enquanto um país soberano, contra vários adversários. Primeiro foram os invasores muçulmanos vindos do norte da África desde o início do século VIII, que em 711 invadem a Península Ibérica, derrotam os Visigodos na batalha de Guadalete e em poucos anos ocupam todo o território, à exceção de uma zona a norte, as Astúrias e o país Basco.
Por Thoth3126@gmail.com
… Foi aí que se refugiaram os nobres visigodos, e foi daí que partiu a Reconquista Cristã das terras perdidas aos muçulmanos na Península Ibérica. Os Cristãos foram se organizando em vários reinos, o primeiro foi o das Astúrias, que mais tarde deu origem ao reino de Leão e Castela e depois se formou o reino de Navarra e Aragão.
Houve recuos e avanços na luta pela Reconquista e só quando os muçulmanos se dividiram é que os Cristãos ganharam terreno na península Ibérica, mas os muçulmanos pediram a ajuda aos Almorávidas e foi então que D. Afonso VI, rei de Leão e Castela foi obrigado a pedir ajuda aos franceses.
Um mapa com a evolução das fronteiras dos territórios na Península Ibérica ao longo da luta pela reconquista das terras aos muçulmanos, 790-1300. Em VERDE os territórios dominados pelos muçulmanos.
Então a Borgonha na França envia o Conde Dom Henrique para combater os mouros em 1094. Com os seus méritos de cavaleiro em batalha, D. Henrique ganha de D. Afonso VI o Condado Portucalense após casar-se com sua filha. Durante a Reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, constituído em 1095 em feudo do rei Afonso VI de Leão e Castela e oferecido a Henrique Conde de Borgonha, bisneto do rei francês que veio auxiliá-lo na luta pela reconquista de terras aos mouros, tendo também recebido a mão de sua filha, a infanta D. Teresa de Leão.
Este último condado era muito maior em extensão, já que abarcava também os territórios do antigo condado de Coimbra, suprimido em 1091, partes de Trás-os-Montes e ainda do sul da Galiza. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras em 1249, Portugal tornou-se assim o mais antigo Estado-nação da Europa.
Com o passar dos anos o Condado Portucalense deixa de ser um mero apêndice da Espanha para se tornar um estado soberano com dinastia real própria, com fronteiras bem definidas, claras divisões administrativas, um exército leal ao rei e com o reconhecimento e apoio do Santo Papa (algo fundamental naqueles tempos), sua própria moeda, e um idioma próprio com características bem distintas do resto da Europa, e que viria a criar um vasto tesouro literário para o qual contribuiriam gênios como Antero de Quental, Luís de Camões, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco e muitos outros. A primeira crônica escrita pelos portugueses sobre o Brasil (a conhecida carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal) é um exemplo das possibilidades que o idioma português é capaz de produzir em mãos hábeis comandada por mentes observadoras. Existe um capítulo fundamental na extensa e aguerrida formação da história de Portugal que é pouco conhecida de nós brasileiros e pouco reconhecida pelos acadêmicos. A relevância da Ordem dos Cavaleiros Templários (os monges guerreiros) na história de Portugal. Os Templários foi uma Ordem de Cavalaria de guerreiros da elite da nobreza europeia, tendo seus altos escalões sido formados e preenchidos pelas principais casas da aristocracia da Europa.
O lema dos Templário: “Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam“ (Salmo. 115:1 – Vulgata Latina) que significa “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (tradução Almeida).
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim “Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici“),mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo ou Cavaleiros Templários, foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A organização existiu por cerca de dois séculos na Idade Média, fundada no rescaldo daPrimeira Cruzadade 1096, com o propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação a Jerusalém após a conquista da Terra Santa. Os seus membros faziam votos de pobreza e castidade e da fé em Cristo para se tornarem monges, usavam mantos brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. O nome da ordem é em decorrência do local onde originalmente se estabeleceram (noMonte do Temploem Jerusalém, onde existira oTemplo de Salomão, destruído em 70 d.C pelas legiões romanas de Tito Vespasiano, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa). Os Templários entraram em Portugal ainda no tempo de D. Teresa, que lhes doou a povoação de Fonte Arcada, Penafiel, em 1126.
Igreja do Castelo dos Templários de Tomar. A sua planta circular evoca a Igreja dos Templários em Jerusalém.
Um ano depois, a viúva do conde D. Henrique entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na conquista de terras aos mouros. Em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante de Santarém. Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram sediados na cidade de Tomar. Através da bula papal Regnans in coelis em 12 de agosto de 1308, o Papa Clemente V dá conhecimento aos monarcas cristãos do processo movido contra os Templários, e pela bula Callidi serpentis vigil(dezembro de 1310) decretou a prisão e a extinção dos mesmos. Em Portugal, a partir de 1310 e da bula papal o rei D. Dinis buscou evitar a transferência dos bens da ordem extinta pela igreja para os Hospitalários e sutilmente apoiou todos os Cavaleiros Templários que buscaram refúgio em seu reino. Posteriormente, a 15 de março de 1319, pela bula papal Ad ae exquibus o Papa João XXII instituiu a Ordo Militiae Jesu Christi(Ordem da Milícia de Jesus Cristo) à qual foram atribuídos os bens da extinta ordem dos Templários no país.
A primeira sede dos Cavaleiros Templários, a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os Cruzados chamaram-lhe de o Templo de Salomão, como ele foi construído em cima das ruínas do Templo original, e foi a partir desse local que os cavaleiros tomaram seu nome de Templários.
Além de possuir riquezas (até hoje ainda procuradas) e uma enorme quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários possuía uma grande esquadra de navios. Os cavaleiros, além de temidos guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota para deslocamentos e negócios com várias nações. Devido ao grande número de membros da Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e isso possibilitou-lhes refugiarem-se em outros países. Segundo alguns historiadores, alguns cavaleiros foram para a Escócia, Suíça, Portugal e até mais distante, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei francês e da Igreja.
O desaparecimento da esquadra da ordem é outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento dos cavaleiros franceses, toda a esquadra zarpou dos portos franceses durante a noite, desaparecendo sem deixar registros, para nunca mais ser vista. Por “coincidência” nessa mesma data (1307), o Rei Português D. Dinis nomeava o primeiro almirante Português de que existe memória, apesar de Portugal não ter armada. Por outro lado, D. Dinis evitava entregar os cavaleiros Templários e os bens dos mesmos à Igreja e conseguiu criar uma nova ordem de cavalaria, a nova Ordem dos Cavaleiros de Cristo em 1318 com base na Ordem Templária, adotando para símbolo uma adaptação da cruz orbicular Templária, levantando a dúvida de que ele estava protegendo os Cavaleiros Templários e podemos supor que foi com a honra intacta que todos eles ingressaram na nova ordem criada por dom Dinis, rei de Portugal. Na verdade, não há consenso entre os historiadores sobre a composição da nova ordem de cavaleiros e monges guerreiros, para alguns, os templários portugueses (presentes no país desde os tempos do fundador dos Templários, Hugo de Payns) teriam apenas trocado de nome. De qualquer maneira, a Ordem dos Cavaleiros de Cristo herdou todas as propriedades e fortalezas de sua antecessora, assim como os votos de pobreza, castidade e obediência (agora ao rei de Portugal).
Caravela Templária, da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, que se fizeram ao Mar quando o tempo chegou: em 08 de Março de 1500, para (re)descobrirem o Brasil.
Novas mudanças liberaram os cavaleiros de seu voto de castidade e pobreza, permitindo que navegadores como Cristovão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama se tornassem membros da Ordem de Cristo. Os navios que aportaram no Brasil pela primeira vez traziam em suas velas o emblema da Cruz da Ordem de Cristo, aparentemente uma versão modificada da antiga cruz templária. Ao longo do século seguinte, os consideráveis recursos militares, econômicos, e principalmente o conhecimento de rotas e correntes marítimas, da construção de navios oceânicos, a posse de mapas, e o CONHECIMENTO DE TERRAS EXISTENTES À OESTE DE PORTUGAL que os líderes da ordem dos Cavaleiros Templários detinham quando passaram a ser comandados pelo rei Dom Dinis, foram direcionados para a expansão marítima portuguesa, que estava ganhando impulso. A Ordem de Cristo ganharia soberania sobre os territórios que conquistasse na África, bem como direito a 5% do valor das mercadorias vindas da região. Os ex-templários, agora Cavaleiros da Ordem de Cristo, estabeleceram escolas náuticas e construíram estaleiros, sigilosamente construíam navios e confeccionavam mapas geográficos costeiros e náuticos, com correntes marinhas, ilhas, ilhotas e abrolhos, estudavam a navegação pelos astros, os ventos, a atmosfera, e a dirigibilidade das velas; determinavam como deviam ser construídos os cais e ancoradouros; compilaram o que hoje se chamaria uma minuciosa oceanografia. Sempre almejando derrotar os mouros e lançar-se ao grande mar em busca de “novas” terras que eles já sabiam que existiam. Portugal vive assim quatro séculos, de 1200 a 1600 mergulhado em febril projeto de expansão marinha. Desbrava e conquista muitos locais, a Ilha da Madeira e os Açores e mais locais no litoral na África, ali fincando fortes e postos avançados para comércio e evangelização dos povos nativos. Assim igrejinhas brancas são erguidas nos cimos dos morros para serem vistas de longe, de quem chega pelo mar. Novas colônias são implantadas. No início do século XVII Portugal já é o quinto país mais poderoso do mundo. Pedro Álvares Cabral era um membro nobilíssimo da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. Em segredo ele era um Cavaleiro Templário que quando chegou à Terras de Vera Cruz, mais tarde Santa Cruz e por fim Brasil, nas praias da Bahia ele trazia em suas mãos, em um gesto reverente e respeitoso, a bandeira da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, sucessora dos Cavaleiros Templários, que foi hasteada na praia. Não era a bandeira do Reino de Portugal, mas a da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. O mesmo gesto o navegante sob a bandeira espanhola, Cristovão Colombo teve ao descer nas novas terras das ilhas que descobrira quando chegou à America do Norte, também desfraldando a bandeira dos Cavaleiros Templários …
The race is on to land people on Mars. But it’s not just Nasa taking part. Guest blogger Zahaan Bharmal reviews the competitors in this amazing dash for the red planet.
An artist’s impression of a Mars One settlement. The colonists would spend the rest of their lives on the red planet. Image: Bryan Versteeg/mars-one.com
Two years ago tomorrow, a nuclear-powered rover, the size of an SUV and weighing almost a tonne, was lowered onto the surface of Mars. Touching down ever so gently, Nasa’s Curiosity landed with an almighty roar.
It sent a message to the world that a new space race – a race to eventually set foot on Mars – was well under way.
There are still many years, many missions, many things to try, fail and try again before Nasa completes this race. And the costs are likely to be in the hundreds of billions of dollars. But the Curiosity mission represented a crucial stepping-stone towards Nasa’s eventual goal of a manned mission to Mars in 2035.
It is, however, not alone in its ambition. The last time Nasa raced to space, its rival was the former Soviet Union – a giant superpower competing for political and military superiority in the cold battlefield of space.
This time the competitors are a lot smaller but no less tenacious. Over the past few years a diverse and eclectic group of nonprofit and for profit organisations have emerged, all with their sights set on sending humans to Mars.
And crucially, they all think they can get there much faster and much cheaper than Nasa. Here is a brief look at three of the teams racing to Mars.
Inspiration Mars – “The flyby”
Who are they? A non-profit founded by Dennis Tito, the first ever space tourist. What’s their big idea? A flyby. They plan to orbit Mars but never actually land. Is there any point going to Mars if you’re not going to land? There’s a lot to learn from the journey. They want to know more about how humans deal with long periods in space, both mentally and physically. Sounds fun. When do we leave? Sadly, no Brits allowed. The crew is going to be all American, a man and a woman, preferably married. OK, when does the happy couple leave? In 2018. That’s when the Earth and Mars will align, offering a rare orbit that will allow a craft to make the round trip in only 501 days, which will save on fuel. And in 2018 there will also be the lowest levels of solar radiation for over a decade. So less need for the SPF 30,000 sun cream. That’s only four years from now. What if they are not ready? There’s a plan B. In 2021 there will be another rare orbit, this time involving a slingshot around Venus on the way to Mars taking 589 days. A flyby sounds cheaper than landing. How much will this all cost? Between $1bn and 2bn is the estimate, funded largely by Tito.
Mars One – “The one way trip”
Who are they? A non-profit founded by Dutch entrepreneur, Bas Lansdorp. What’s their big idea? A one-way trip to Mars. Wait, no return trip home? Yup. Once you’re there, you’re there. Their plan is to eventually establish a permanent human settlement. Sounds like a commitment. How many people would be up for that? Quite a few, it seems. Mars One recently invited members of the public to apply to be their first astronauts and received 2,782 applications, over 100 of which were from the UK. And how many will actually get to go? So far, just over 700 have been invited for an interview. From there, a selection processes will whittle down the list to six groups of four astronauts. When do they leave? The first crew of four will leave in 2024. After that, crews of four will leave every two years. How much is it all going to cost? An estimated $6bn plus the cost of supporting the astronauts for as long as they live on Mars. Where are they getting the money from? They plan to document the entire journey on a reality TV show, which they hope will largely finance the expedition.
Space X – “The round trip”
Who are they? A private space exploration company founded by Elon Musk. He was the guy that inspired Tony Stark’s character in Iron Man, right? Yup. Genius, billionaire, playboy, philanthropist. What’s his big idea? A fleet of reusable rockets, launch vehicles and space capsules to transport humans to Mars and back again. Why does he want to go to Mars? Musk’s ultimate vision is for humanity to become a multi-planetary civilisation. He wants to build a self-sustaining city on Mars of up to 80,000 people, so that in the event of a catastrophe on Earth, we have somewhere else to go. When do they leave? Their aim is to put a human boot on Mars by 2026. Who would get to go? Unclear at this stage but Musk may well be on one of the first rockets himself. How much will this all cost? The total costs are unclear. But Musk thinks he may be able to charge the average person as little as half a million dollars for a round trip to Mars. You mean, half a BILLION dollars? Nope, it’s not a typo. Half a million dollars.
Time will tell how these and other organisations will fare. But, in my view, one fact is beyond question: the ambition to send a human to Mars is the right one.
The moon landing was arguably the most important achievement in the history of humanity. Putting human footprints on Mars would be an even greater accomplishment. More than any other celestial ambition, Mars promises the answers to some of our most profound questions, none more so than whether life exists elsewhere in the universe.
It was a race that got us to the moon 45 years ago. And it is this current race – this amazing race – that will help us one day get to Mars. Zahaan Bharmal works for Google and recently won Nasa’s Exceptional Public Achievement Medal for YouTube Space Lab. This article was written in a personal capacity.
OU QUERERÃO QUE CHAMEMOS A ISTO CAMPANHA ELEITORAL?
Começou a palhaçada
Sob a capa de "campanha eleitoral", iniciou, este domingo, em todo o país, o cíclico movimento nacional de autêntica palhaçada e atropelos graves às mais básicas regras de conduta cívica protagonizadas por pseudo-políticos que o destino nos proporcionou, como as imagens captadas em alguns pontos da cidade de Maputo aqui retratam.
São situações que teremos de suportar por pouco mais de seis semanas, tais como colocação de cartazes e dísticos de propaganda política em locais proibidos por lei, incluindo locais de trabalho, sinais de trânsito, desrespeito pelas regras de trânsito, insultos, mentiras, escaramuças, entre outras boçalidades.
Aparentemente, a Renamo e seu líder, até agora tidos como a segunda maior força política e candidato mais votado em Moçambique, se terão rendido aos sucessivos resultados de "pesquisas" e "projecções" que os colocam abaixo do partido Frelimo e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e respectivos candidatos, e a sua entrega na dita "campanha eleitoral" tem, até agora, sido simplesmente titubiante e tímida.
Mais visíveis e ruidosos estão, efectivamente, cartazes e simpatizantes da Frelimo e do MDM, apesar de alguns membros da Renamo convidados a comentar o actual cenário se terem refugiado na tese segundo a qual "correr não é chegar". A ver vamos, pois temos ainda 44 dias de "caça ao voto" pela frente.
Uma das mais catastróficas decisões deste ano de 2014 foi a admissão de pleno
direito, na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), da Guiné
Equatorial, país onde nem sequer um décimo da população fala português e onde,
ainda por cima, se atropelam os mais elementares direitos humanos.
Jorge
Heitor
O homem forte da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo,
conseguiu o seu intento de ser admitido como membro de pleno direito da
Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), durante uma cimeira realizada
no mês de Julho em Timor-Leste. Mas não deixa de forma alguma de ser considerado
por muitos dos seus compatriotas um autêntico ditador. A população daquela
antiga colónia espanhola na África Ocidental e a oposição democrática da mesma
têm desejado insistentemente que Teodoro Obiang se retire e acabe, de forma
pacífica, com 46 anos de terror que por ali se têm vivido, primeiro com um tio
seu, Francisco Macías Nguema, e depois com ele. Actualmente, é mesmo um dos
seus filhos, Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido por Teodorin, que tenta
arrancar-lhe a sucessão na continuidade, para que tudo continue dentro da
família, por mais de meio século. Semanas depois da sua longa visita a
Timor-Leste, lá esteve Teodoro Obiang na Casa Branca, em Washington, nos dias 5
e 6 de Agosto, para uma cimeira entre os Estados Unidos e a África. Uma vez
mais, as instâncias internacionais abriram as portas a um ditador, pessoa que
mantém na penúria 80 por cento dos seus compatriotas. As antigas potências
colonizadoras, em grande parte europeias, têm permitido que homens como o
Presidente da Guiné Equatorial continuem à frente dos seus países, porque isso
as ajuda a permanecerem activas em território africano, explorando os seus
recursos ou concretizando por lá grandes negócios. Raramente os interesses
económicos das antigas potências coloniais têm sido compatíveis com os
interesses económicos e humanos dos povos africanos, que em grande parte não
vivem muito melhor ao serem administrados por filhos seus do que o eram há 57 ou
60 anos, quando por lá tinham governadores britânicos, franceses, belgas,
portugueses ou espanhóis. Pessoas como Teodoro Obiang travam o desejo de
liberdade, de direitos humanos, de democracia e de desenvolvimento que existe na
população africana, como aliás na de outros continentes. Travam esse desejo para
benefício próprio e de grandes interesses externos, que tanto podem ter a sua
sede nos Estados Unidos como no Reino Unido, na França, na Rússia ou na
China. A Administração Obama, a União Europeia e a CPLP, entre outras
instâncias, nunca deveriam pactuar com dirigentes que permanecem 30 ou 40 anos à
frente dos respectivos povos, impedindo que muitos deles estejam ainda longe de
concretizar os sonhos de independência e de vida melhor que tiveram em meados do
século passado.
________________________________________ Com mão de
ferro
Teodoro Obiang Nguema governa com mão de ferro desde 1979, o mesmo
ano em que chegou ao poder o angolano José Eduardo dos Santos e um ano antes da
proclamação da independência do Zimbabwe, que de imediato ficou refém de Robert
Gabriel Mugabe. Desde há muito que estas três pessoas já deveriam ter passado à
reforma. Constantemente, Teodoro Obiang tem sido acusado de violações dos
direitos humanos, de torturas e do assassínio de adversários, muitas vezes
depois da passagem por cadeias que funcionam dentro dos próprios
aquartelamentos, numa subordinação da Justiça ao poder militar. Ao seu
primogénito, Teodorin, nomeou ele segundo vice-presidente, cargo que nem sequer
existe na Constituição; mas legalidade é coisa com que raramente se tem
importado, antes fazendo tudo de forma despótica, o que já lhe valeu a fama de
ser um dos mais ricos e arbitrários chefes de Estado que há no continente
africano. A Guiné Equatorial poderá ser muito bem o país da África com maior
rendimento per capita, equivalente ao do Kuwait, mas isso só é possível por o
petróleo ser muito e a população pouca, não excedendo os 700 000 habitantes,
pois que pelo menos 200 mil já se viram constrangidos a ir viver para o
estrangeiro. Nos últimos anos, graças às receitas do petróleo, o país entrou
numa espiral de construção de obras públicas que se mostram muito atractivas
para empresas de Portugal e do Brasil, de onde o fechar de olhos a que a Guiné
Equatorial não reúna de forma alguma as condições para ser de pleno direito o
nono membro efectivo da CPLP. Francisco Macías, o ditador derrubado por seu
sobrinho Teodoro Obiang em 1979, causou a morte de milhares de adversários,
encerrou roças de café e cacau, algumas das quais tinham sido propriedade de
portugueses, e chegou a proibir a pesca. Mas o actual Presidente, que já então
com ele colaborava, não se revelou uma pessoa muito melhor, só que talvez tenha
tido mais tacto para se promover internacionalmente. Teodoro Obiang era o
principal responsável militar da ilha de Bioko (outrora Fernando Pó), uma das
componentes do todo que é a Guiné Equatorial, situada entre os Camarões, São
Tomé e Príncipe e o Gabão. Várias vezes temos lido que o pequeno país vive
paralisado pelo medo, a que se juntam a ignorância e a pobreza. Havendo
petróleo, deixou de se dar qualquer importância à agricultura, pelo que a
população hoje em dia já não lavra os campos como outrora.
Uma campanha
vã
Ao longo dos anos, muita gente em Portugal foi travando o desejo da
Guiné Equatorial de passar de observador a membro de pleno direito da CPLP,
explicando aos governantes que se tratava de um país onde não se falava
correntemente português e onde se desrespeitavam os direitos humanos, mas ao fim
e ao cabo toda essa campanha de esclarecimento foi em vão. Prevaleceram os
interesses das grandes empresas que querem fazer negócios com Teodoro Obiang e
os interesses do Brasil, de Angola e de Timor-Leste, muito mais interessados em
petróleo do que em valores éticos. Nas últimas eleições legislativas, o
Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), no poder, ganhou 99 dos 100
deputados, o que diz bem que se trata de uma ditadura muito mal disfarçada, com
o alibi de estarem autorizadas diferentes forças políticas. Tudo no papel, como
o é a introdução do português como terceira língua oficial, depois do espanhol e
do francês. Um dos obstáculos que existia à adesão à CPLP era a existência da
pena de morte, mas para o ultrapassar foi decretada uma moratória. Nos tempos
mais próximos, mais ninguém será executado na Guiné Equatorial, pelo menos
oficialmente. Depois, logo se verá. É assim que funciona o sistema.
O
lavar da imagem
Verdadeiramente obcecado com o lavar da sua imagem, o
ditador tem pago a lobbies e a personalidades de diferentes países para que
consiga ser aceite em grandes instituições internacionais, tem patrocinado
prémios da UNESCO e de outras entidades, tem criado universidades no
estrangeiro, quando na própria Guiné Equatorial não existem boas instituições de
ensino. O que ele agora faria muito bem, segundo alguns dos seus
compatriotas, seria patrocinar uma Cimeira Africana da Saúde, de modo a combater
de forma eficaz o Ébola que está a matar tanta gente na Libéria, na Serra Leoa,
na Nigéria e na República Democrática do Congo, ameaçando alastrar a outros
territórios. Se Teodoro Obiang reservasse os anos que lhe restam a aplicar o
muito dinheiro indevidamente acumulado pela sua família no combate às endemias e
às pandemias da África, talvez os povos lhe conseguissem perdoar o muito mal que
tem feito ao seu próprio povo. Se destinasse a sua fortuna de multimilionário
a minorar o sofrimento de tanta gente nas Guinés, na Somália, na Eritreia e na
região dos Grandes Lagos, entre outros rincões africanos, conseguiria finalmente
redimir-se; e, quem sabe, ser perdoado por tanta arbitrariedade a que tem
presidido. Os 11 anos em que colaborou com os crimes de Macías e as décadas
que depois protagonizou como senhor todo poderoso da Guiné Equatorial só
poderiam ser devidamente "lavados, ou perdoados, se, de súbito, mudasse
radicalmente de atitude e servisse humildemente uma África que continua no pódio
do sofrimento humano.
(Este artigo vai ser publicado em Outubro de 2014 pela revista comboniana Além-Mar, que o solicitou)
O Homem tem dedicado muito menos tempo à exploração espacial do que deveria. Pensa pequeno; e por isso não se arrisca, não vai por aí fora, rumo à Lua, a Marte e a outros corpos celestes.
O Universo existe há 15 mil milhões de anos, o Sol e a Terra há 4.500 milhões de anos; e nós estamos sós, pois que ainda não nos atrevemos a tentar o contacto com outros que por aí possam ter surgido, pelo Cosmos fora.
Nos últimos mil milhões de anos, animais semelhantes a vermes evoluíram até se tornarem humanos. E se a vida noutros planetas, ou noutras galáxias, estiver mil milhões de anos mais avançada, poderá ser que criaturas de lá olhem para nós como se fôssemos uns simples vermes.
Os mais importantes desenvolvimentos da vida na Terra poderão estar ainda por acontecer; e o Homem não pode ser tão mesquinho, tão tacanho, que não se prepare para eles.
Para muitos de nós, a era espacial só começou há uns 58 anos, aproximadamente. E não nos demos ao trabalho de explorar mais intensivamente a Lua, de colonizar Marte, de estudar diferentes asteroides, de colocar o pé em cometas...
Depois da Apollo 17, tornámo-nos provincianos, mais preocupados com as guerras no Vietname e no Iraque do que com o conhecimento de Júpiter e de Saturno, de cujos mundos ainda tanto ignoramos.
Numa noite de Julho de 1969 estivemos com Neil Armstrong e Edwin Aldrin; mas depois estagnámos, não vimos que era preciso continuar a ir à Lua e desvendar os caminhos de Marte, de Io, Europa, Titã. Perdemos o fôlego.
Sabemos nós quais as verdadeiras dimensões do Universo? Quando é que ele na verdade começou a existir? Quantos os milhares de milhões de anos-luz que nos separam de determinada galáxia?
Perdemos tempo com os conflitos na Síria e na Líbia, não nos sobrando energias para estudar melhor os telescópios que nos mostram certas regiões do Universo tal como elas eram há 5.000 milhões de anos.
Não sabemos viajar no Tempo e no Espaço, quedando-nos antes pelas tricas da União Europeia e pelas investidas russas no Leste da Ucrânia.
Pensamos em pequenino, deixando de parte os mistérios do Cosmos. Ignoramos, por exemplo, a maior parte de nós, que há galáxias que se movem a milhões de quilómetros por hora, afastando-se cada vez mais da Terra, do Sol, da Via Láctea.
O Universo inteiro expande-se, parecendo querer explodir, e nós debatemos se a Índia irá ter mais habitantes do que a China ou se a Nigéria conseguirá um lugar de membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Acordem, senhores. Acordem de uma vez por todas, para a forte realidade de que a Terra não é, de forma alguma, o centro do Universo, mas apenas um simples grão de poeira cósmica. Um planeta que daqui a 6.000 milhões de anos poderá ser pura e simplesmente vapor, quando o Sol, velho e inchado, se transformar numa gigante vermelha.
Jorge Heitor 31 de Agosto de 2014
As ISIS continues to take over more towns in Iraq, at least 500 women believed to be Christians were allegedly kidnapped from Mosul to be sold as "sex slaves." Reports said the Islamic militants have overrun Qaraqosh, Iraq's largest Christian city. Believers have reportedly flocked to the city to escape the militants.
Reuters/Ahmed Jadallah A Christian woman, who fled from the violence in Mosul two days ago, holds her daughter as her baby sleeps at a school in Arbil, in Iraq's Kurdistan region June 27, 2014.
A spokesman from the Kurdish forces said ISIS has kidnapped Yazidi and Christian women to be turned as "Sabaya" or "war booty slaves." He added that ISIS also plans to sell the women. According to accounts of witnesses, the most beautiful of the kidnapped women were handed to "ISIS princes."
In a report by CNN, Qaraqosh is about 20 miles from southeast Mosul with a population of 50,000. Since ISIS has invaded the city, members of the Christian community have fled like the people of Mosul.
In other reports caught on video, an eyewitness tells of girls jumping to their deaths after they were raped by Islamic militants. A woman said three of her daughters were raped then allowed to return to Mount Shingal. She told media that her daughters urged people to "kill" them but no one had responded. They committed suicide instead.
U.S. President Obama has announced the ISIS siege of Iraq against religious minorities has been "broken" but the mission did not end there. Mr Obama said he expected the airstrikes and a specific operation at Mount Sinjar to wrap up. However, he declared that U.S. involvement will not end there as ISIS continues to strike violence against the people of Iraq.
He said airstrikes will continue to protect American facilities and remaining personnel in Iraq.
U.S. politicians have expressed their fears of an impending attack by ISIS on American territory. According to a statement from U.S. Senator Lindsay Graham, unless a more "decisive action" was taken against ISIS, the terror threat will always be present.
Reports said ISIS had slain at least 500 Yazidis for refusing to denounce their religion and convert to Islam. U.S. lawmakers believe the Islamic militants will continue to remain a threat to the United States. International Business Times, Austrália
Jose′ Ramos-Horta Opens Artificial Eye Clinic in Timor-Leste
August 29th, 2014 by Jenny
In February 2008 I was about to fly out to Timor-Leste to start an artificial eye clinic. Nobel peace prize winner Jose′ Ramos-Horta had been elected as President in May of the the previous year. The day before I was due to go to Timor he was shot and critically injured in an assassination attempt. I cancelled my trip and waited for the situation to stabilise.
Thankfully the President recovered and I did eventually make it to Timor in July later that year. It was an extremely challenging experience and I wasn’t as prepared as I needed to be. The country had been through so much trauma and upheaval that arranging things was far more difficult than I’d anticipated.
On that first visit I had six blind patients who spoke no English and I did not have access a translator. The room I worked in had no running water so between patients I washed my hands out the window with bottled water. Just about every aspect of running the clinic was complicated in one way or another. For me it was a bit of a trial by fire. To be honest, after the challenges of that first visit I found it hard to go back.
Fast forward six years and several clinic visits later and so much progress has been made. I’m a lot more organised and I have had help from my husband Michael who helps me run the clinic and sort out unexpected things that come up. I’ve also had a lot of fantastic support from Rotary and the Royal Australian College of Surgeons (RACS). Over the years I’ve worked from several different locations. This past year it has progressed in leaps and bounds. RMS Engineering donated a sea container and RACS applied for a grant through Lions First Sight Foundation to fit the container out as an Artificial Eye Lab. The National Eye Clinic arranged five applicants for the position of trainee ocularist for the new clinic. My thanks to RACS, Lions First Sight, Timor Leste National Eye Clinic and Aus Aid for all their wonderful support.
Now another important milestone has been achieved. I’m very excited that the new clinic has just been officially opened in it’s permanent new home by Jose′ Ramos-Horta. We have two trainees from that clinic coming to Perth soon to continue their training. It’s been a long journey and it’s so satisfying to see the clinic very close to being able to run independently.
Timor itself continues to go from strength to strength and it’s been such a privilege for me to visit each year and see this growth. I’m so relieved Jose′ Ramos-Horta is fully recovered and so very pleased we’ve got this clinic to a point where it is there to serve the lovely people of Timor.
Miguel Gomes’s ‘Arabian Nights’ Looks at a Gloomy Nation
Slide Show|8 Photos
LISBON — On a cool night last month, Miguel Gomes, one of Portugal’s most prominent film directors, was shooting a scene for his latest movie in an outdoor amphitheater, high above the Tagus River here. Pall Mall cigarette in hand, he told an actress to look more beleaguered before she began a crucial monologue that captures the country’s dark mood.
“She can’t stand it anymore; she feels all this weight,” Mr. Gomes said before calling “Acção!” (pronounced as-AUW), Portuguese for “Action!” It was the final day in Lisbon for the shoot of “As 1,001 Noites,” or “Arabian Nights,” an experimental yearlong project in which the director has blended fact and fiction to examine contemporary Portugal in the throes of its debt crisis.
Mr. Gomes’s films, including the critically acclaimed “Tabu” (2012), have often featured documentary-style footage. But for “Arabian Nights,” which is expected to be released next year, he took this approach to a new level, bringing on a team of three journalists to research real reports from the Portuguese press and develop them with screenwriters into around a dozen fictional episodes, all narrated by a contemporary Scheherazade.
Photo
The Portuguese director Miguel Gomes on the set of his film "Arabian Nights."Credit Patricia DeMelo Moreira for The New York Times
“I thought maybe that I should make a film with Portuguese stories that are popping up, appearing at this moment,” Mr. Gomes said. “Arabian Nights” is one of the first films to take on the euro crisis. It attempts to hold a mirror, albeit a convex one, to a country struggling with unemployment, emigration and general gloom.
While television coverage of the crisis has been “superficial,” a film can add “a level of depth that only cinema can bring,” said Vasco Câmara, a film critic and editor at Público, a Lisbon daily, who has been tracking the movie since Mr. Gomes announced it.
For the movie’s structure, Mr. Gomes turned to “The Arabian Nights,” whose heroine tells stories to her new husband, the king, to delay her death sentence. Despite working with factual material, Mr. Gomes, 42, said he had wanted to transcend the real and create a kind of diversion — a complex, more self-aware kind of fiction.
“The idea is not to give back this kind of reality that we are living in my country, but to recreate it as fiction,” he said. “That’s Scheherazade’s job.”
The euro crisis may be less dominant in the headlines today, but the social toll of the tax increases, wage cuts and reductions to social services that came in exchange for a foreign bailout in 2011 is still felt in Portugal. Although unemployment has dropped to 13.9 percent, down from above 17 percent last year, it remains higher than the European average. But the picture is more complex. Hundreds of thousands of Portuguese don’t figure on the unemployment rolls because they have emigrated to seek work abroad. In 2012 about 120,000 people emigrated from Portugal, which has a population of 10 million and a labor force of 5.5 million, according to the country’s statistics agency.
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The set of "Arabian Nights."Credit Patricia DeMelo Moreira for The New York Times
To find reports that might inspire episodes in the film, the journalists — Maria José Oliveira, João de Almeida Dias and Rita Ferreira — scoured local papers and produced daily news roundups for the screenwriters. They also produced reported articles and published them on the movie’s websitewebsite. One is the story of a married couple outside Lisbon who committed suicide in October, a complicated event that captured the country’s pervasive pessimism. Another tells of a songbird competition held by working-class men in Lisbon.
“It’s a different country from 2009 or 2010,” Ms. Oliveira said, sitting in the film’s makeshift newsroom, beneath a map of Portugal with pins on the 40 towns the team had visited. Back in 2012, there were huge public demonstrations in Portugal, but now people have grown tired.
“There’s a silent poverty,” Mr. Dias said. “The middle class almost disappeared.” Ms. Oliveira said the project had no political slant.
The journalists began researching articles last fall. Before filming began in November, Mr. Gomes chose about two dozen actors — men and women, old and young — to build the characters as they progressed, said Luis Urbano, a co-producer of the film. Along the way they were joined by many nonactors and extras.
The monologue for which Mr. Gomes was giving direction is part of a trial scene that was inspired by the real story of a Portuguese judge who began to cry after pronouncing the sentence of a man accused last year of robbing people at knife-point outside A.T.M.s.
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The actress Luisa Cruz on the set.Credit Patricia DeMelo Moreira for The New York Times
“I’m feeling sick,” the judge (the Portuguese actress Luísa Cruz) says in the film. “This grotesque chain of stupidity, evil, desperation is beginning to test my competence and above all my patience.”
As he watched that night’s shooting, Mr. Urbano said, “In general, it’s about the situation, the loss of innocence.” Ever since Portugal signed its loan agreement in 2011, much of the national conversation has revolved around assigning blame for the mess. “That nobody is innocent in the country” is an idea that gained traction, Mr. Urbano added. “The people blame bankers; the bankers blame politicians.”
In September Mr. Gomes will shoot a final scene near Marseille, whose regional government has contributed funding for “Arabian Nights.” The movie also has some financing from the state-run Portuguese film institute, but more than half of its budget, three million euros (about $4 million), comes from abroad, Mr. Urbano said, including government money from France and Switzerland.
Portugal has been a constant source of inspiration for Mr. Gomes, who studied film in Lisbon and began his career as a critic before moving behind the camera. His first feature, “The Face You Deserve,” appeared in 2004. In 2008 “Our Beloved Month of August,” which revealed his melancholic style and his love-hate relationship with his native country, put him on the international map.
Obsessed with the unreliability of memory, individual and collective, Mr. Gomes in “Tabu” used flashbacks to tell the story of an elderly woman in Lisbon. Filmed in black and white, “Tabu” used voice-overs and a quasi-documentary style, akin to that of an old newsreel. That year, at the Berlin Film Festival, it won the Critics’ Prize and the Alfred Bauer Prize for opening “new perspectives on cinematic art.” His 26-minute film “Redemption,” shown at last year’s Venice Film Festival, is shot like a home movie from the pasts of four European leaders, including Chancellor Angela Merkel of Germany.
Rui Vieira Nery, the director of Portuguese language and culture programs at the Gulbenkian Institute in Lisbon, the country’s pre-eminent cultural institution, described Mr. Gomes’s work as “very ambivalent.” He said the director was inspired by, but also departed from, Portugal’s Cinema Novo of the 1960s and 1970s, which had drawn on Italian neorealism and the French New Wave and had become more political after the Carnation Revolution of 1974 toppled Portugal’s dictatorship.
“There’s a certain disenchantment with the great narratives of the traditional left — the need for utopian goals and moral values, of something to believe in,” Mr. Nery said of Mr. Gomes’s films. “On the other hand, there’s a certain feeling of defeat” and a “disenchantment that’s combined with this urge for a project we can believe in.”